domingo, 25 de dezembro de 2016

Vencendo barreiras

  Nas últimas semanas a atividade de Estudos Sociais, tirou minha paz. A referida atividade consistia em fazer um vídeo,pelo que entendi, relacionado todos os temas abordados na disciplina.
  A grande dificuldade não estava em fazer as referidas relações,e sim, coloca-las em um vídeo cuja a duração não deveria ultrapassar três minutos,pois, para faze-las seriam  necessários no minimo o triplo de tempo exigido na atividade. O elemento desencadeador de tanto estress era  como e qual programa utilizar na execução da tarefa.

   Teoricamente a ideia estava clara, a identidade de ser gaúcho guarda outras múltiplas identidades em que cada grupo tenta firma-se frente a outros grupos, como por exemplo os frenquentadores do mercado público e as pessoas que o frenquentam como parte de um ritual religiosos,todos compartilham o mesmo espaço se se reconhecem individualmente e como grupo.
   A questão da arte também pode estar exposta em um museu, espaço dedicado não somente a resgatar e preservar a memória de um local ou de uma pessoa como abrigar em suas dependências exposições de arte que retaram uma época e seus contextos. Mas o fato de estarem em um museus representam uma unanimidade em termos de beleza, e a apreciação das obras de arte revelam que beleza é um conceito subjetivo, assim como, as expressões artísticas também encontram-se em espaços abertos e muitas vezes possuem estreita relação com a comunidade em que estão sendo expostos.
    Mas depois de muito penar consegui fazer o vídeo,não ficou como eu penso  como ideal,o entanto, o fato de faze-lo sozinha, trabalhando com o movie maker considero a sua realização e postagem uma vitória. .Estamos em um eterno aprendizado e os desafios quando investidos de significados servem para que ultrapassemos nossas barreiras.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Música e educação

" Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
 não começaria com partitura,notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música,ela mesma pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem que vir antes."

Rubem Alves



     Na última segunda feira,09/12, fizemos a nossa apresentação sobre a música e a educação. O grupo foi formado pela semelhança de pensamentos em relação a importância da música na educação.

    Após a leitura de textos, conversas sobre o tema  e o depoimento da colega Simone que tem uma experiência com a música e as crianças,podemos concluir que a música é uma ferramenta essencial na aprendizagem. Segundo RODRIGUES, " (...) o aprendizado da musica contribui para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos,emocionais, e sociais,promovendo o bem-estar do individuo."
    A música pode ser um meio de trabalhar conteúdos tornado  o aprendizado mais prazeroso e mais fácil de ser lembrado.Quem não utiliza na semana de Porto Alegre a música do Fogaça Porto Alegre é demais? No entanto Kleiton E Kledir possuem músicas que falam não somente da localização de Porto Alegre como elementos do vocabulário gaúcho e de elementos históricos como as viagens de trem.

    A música auxilia também as crianças com TDH, uma vez que elas precisam se concentrar para realizar a coreografia,esperar sua vez em um jogo cantado. A musica também auxilia na questão afetiva, pois quando ouvimos uma música sentimentos surgem e deste modo podem ser trabalhados,quando estamos cantando em conjunto todos são iguais,tendo oportunidades de se expressar sem serem criticados.

   Neste sentido, a música trabalha a apreciação do belo, mostrando que nem tudo na vida é quantificável. O padrão do belo é relativo e em uma sociedade em que há uma preocupação exacerbada pela imagem e uma imposição de padrões, a beleza da música auxilia na aceitação de sua imagem.

    Trabalhar com a música vai além de utilizar somente músicas infantis,devemos trabalhar outros ritmos e estilos para que nossas crianças possam  conhecer que existem outar manifestações musicais e de posse deste conhecimento opinar,isto não significa que deixarão de ouvir suas músicas para ouvir Bethoveen, mas saberão apreciá-lo. 

     Do mesmo modo é importante que as musicas que pertencem ao cotidiano de nossas crianças e de sua comunidade façam parte da  rotina escolar, fortalecimento o sentimento de pertencimento da escola em relação a comunidade em que está inserida.





     

RODRIGUES, Carmem, ROSIN,Sheila M. A importância do ensino de música para o desenvolvimento infantil. Disponível em http://docplayer.com.br/2369482-A-importancia-do-ensino-de-musica-para-o-desenvolvimento-infantil.html acesso em 18/12/16

   

domingo, 11 de dezembro de 2016

Museu, um mundo fascinante

  Visitar um museu é um experiência fascinante,pois, existe toda uma atmosfera de encantamento relacionado com a memória de nosso estado ou país,assim como, com a nossa quando nos deparamos com um objeto que pertenceu a nossa infância.Ao nos depararmos com estes objetos, vem a nossa memória imagens às vezes fragmentadas outras são tão claras que temos a impressão que elas ocorreram no dia anterior.
  Além destes objetos de memória, os museus nos colocam em contato com o que está sendo produzido em termos de arte no cenário nacional e internacional,assim como, com produções artísticas que representam outras épocas e trazem consigo memórias deste período.
  Já levei algumas vezes alunos a museus e eles se encantam com tudo que veem, entrar em contato seja com objetos antigos ou obras de arte desperta neles uma curiosidade a respeito de como as pessoas que utilizavam aqueles objetos viviam, qual era sua funcionalidade e alguns até reconhecem, conforme  o que está exposto, como similares o que viram em fotos de família.
     No que se refere as obras de arte, elas impactam as crianças de formas diferentes. Uma vez fui com meus alunos na Bienal, em frente a uma tela meu aluno fala: - Ai, sora! O Andrey desenha bem melhor que isto! Confesso que ele não estava totalmente errado,no entanto, quando levamos nossos alunos a uma exposição de arte estamos trabalhando a questão de padrões, o que é belo pra mim não o é necessariamente para o outro, que arte é uma questão de apreciação, não tem como se quantificar uma obra que traz consigo muitos significados.
     Nesta semana em virtude da atividade de Estudos Sociais visitei o Santander Cultural e não tem como não se encantar com tamanha beleza, que inicia com a imponência do prédio, passa pelos vitrais e a a arquitetura interna e termina com elementos simplesmente encantadores como o café dentro do cofre( fechado no momento), o cinema também dentro de um cofre e o que pra mim foi uma descoberta maravilhosa, Os espetáculos de músicas que ocorrem  no Santander são realizados acima dos vitrais,ou seja há toda uma atmosfera de encantamento. Paralelo aos encantos do prédio,ainda existem as exposições sempre muito bem organizadas, no momento está ocorrendo uma exposição sobre Simões Lopes Neto e no cinema festival Steven Spielberg que valem muito a pena serem vistas.
                                

  Árvore de Natal em frente ao museu











Fachada do prédio









Espaço para shows musicais














domingo, 4 de dezembro de 2016

Curiosidade que move o mundo

      A curiosidade é uma das motivações que levam a pesquisa e consequentemente as descobertas. Criança é naturalmente curiosa, a cada etapa de suas vidas novas dúvidas vão surgindo:- De onde viemos? - Para onde a vovó foi? - O mar é infinito?
     A reação que nós adultos temos diante de tantas perguntas determinará se esta crianças irá guardar suas dúvidas para si, ou, seguirá adiante com perguntas ou seja, pesquisará para descobrir as respostas para suas dúvidas.
     Quando as crianças chegam à escola, deparam-se com uma formalidade que não atende suas ansiedades: Prof. quando vamos aprender a tabuada? -É verdade que existem dragões? Infelizmente muitas vezes respondemos: no terceiro ano vocês aprenderão a tabuada, ou agora não é o momento de fazer perguntas como estas ou pior, o que este assunto tem a ver com o que estamos estudando?
      No entanto, muitas escolas e professores estão trabalhando a partir destas perguntas, utilizando-as como  fatores desencadeantes para novas perguntas e através da  pesquisa respondê-las. Desta forma, o conhecimento construído é significativo pois é fruto de pesquisa e  foi motivada por um interesse genuíno.
      No segundo semestre deste ano, começamos em minha escola a trabalhar com a iniciação cientifica. Ainda estamos muito no começo do processo e somos conscientes que se fazem necessários debates, estudos e trocas de experiências,mas já conseguimos perceber que um trabalho alicerçado desta forma  é muito mais produtivo tanto para alunos quanto pros professores. É um trabalho que exige muito mais de nós, no entanto, a exigência é em outra patamar, nos trabalhos tradicionais  havia a cobrança em relação a entrega ou das crianças não estarem realizando seus trabalhos principalmente quando estes eram em grupos. A exigência do trabalho de iniciação cientifica faz com que o professor saia da sua zona de conforto no sentido de não somente de ler sobre o tema de seus alunos como  em auxilia-los nos meios que irão utilizar para ter elementos necessários para responder aos seus questionamentos iniciais.
        Na quinta-feira enquanto brincavam na pracinha, um grupo de alunos ficou intrigado com uma espécie de véu que estava na árvore e começaram a formular suas hipóteses:
 - Isto é a teia daquela aranha que nos vimos naquele outro dia. - disse Luiz referindo-se a uma aranha da espécie armadeira que encontramos na praça no inicio do ano.
- Não isto é a casa daquele bicho que queima. falou Angelina.
   Ruan, então, pegou um graveto e tirou uma amostra da teia após cheirar chegou a conclusão:
- É algodão! Daqueles que se usa para tirar esmalte das unhas.
  Outros não se convenceram desta explicação e apos cheirarem cada um ainda mantinham suas posições, diante da discussão do grupo outras crianças foram chegando perto e foram aderindo a uma ou outra teoria, quando bateu Luiz determinou, vou procurar na internet, para saber o que é isto,mas tenho certeza que é a teia da aranha.
 Este debate, ilustra o que foi mencionado acima, um objeto despertou a curiosidade das crianças que preferiram para e pensar em possibilidades para algo que chamou sua atenção, e acredito que mesmo que o menino não faça a pesquisa a semente da pesquisa, do que não existe perguntas bobas já foi plantada, é um trabalho lento, não se vê as mudanças imediatamente, tanto que a minha turma da tarde não teve esta percepção. Mas é através da curiosidade, do interesse de nossas crianças que vamos fazer com que nossos alunos tenham prazer em estar na escola e de elaborar suas pesquisas.










domingo, 27 de novembro de 2016

Sustentabilidade



     A sabedoria indígena por muitos séculos foi rejeita, os colonizadores americanos os titulavam como selvagens, no entanto, nenhuma decisão era tomada entre os indígenas sem pensar no impacto que elas teriam para as próximas gerações.
 Infelizmente o ser humano em sua ânsia pelo poder e pelo progresso arrastou consigo a natureza.Durante anos o que setem assistido é o desmatamento,extinção de animais,poluição dos rios,mares e ar,ou seja, um completo descomprometimento com o planeta e com as futuras gerações, então cabe a pergunta quem são os selvagens?
   Mas já existe um movimento contrário ao consumo desenfreado e o descaso em relação ao meio ambiente.A ideia de uma vida sustentável vem ganhando cada vez mais adeptos,um novo modo de se ver o mundo e o meio ambiente se faz necessário para que se possa num primeiro plano  diminuir os danos causados ao planeta  para que se possa posteriormente reverter os impactos de anos de descaso com toda a vida do planeta.
Lembro que quando estava na escola, os livros diziam que a água era uma fonte de recurso inesgotável,ou seja,poderíamos utilizar os recursos hídricos sem medo.Agora nos preocupamos se nossos netos   terão  água disponível para saciar sua sede.
 Deste modo é importante trabalharmos com nossos alunos a questão ambiental,desenvolvendo a consciência ecológica através de atividades que enfoquem a sustentabilidade. Possibilitando aos nossos alunos que reflitam a respeito dos impactos causados na natureza por  nossos atos, como por exemplo, o alagamento na rua ocasionado pelo descarte incorreto do lixo.
        Nesse processo de debates e reflexões buscar, com eles, meios que possibilitem o reaproveitamento de materiais descartados e até mesmo de alimentos. Para que eles sejam multiplicadores destas informações em suas famílias e comunidade gerando mudanças e gerando  nesses futuros adultos o compromisso com o planeta em que vivem.





domingo, 20 de novembro de 2016

Desafio matemático

       Nesta semana propus para meus alunos um desfio matemático. Eles deveriam encaixar os números: 0,1,2,3,4 e 5 em um triângulo de forma que a soma de todos os lados fosse sempre 9.
        Planejei a atividade de forma que fosse bem concreta para eles uma vez que estão no segundo ano e ainda precisam muito do concreto para realizar as operações matemáticas. Em aula distribui doze cartaz com os números que seriam utilizados no desafio e solicitei que quantificassem através de desenhos os números que receberam, em seguida fomos para o saguão para efetivamente realizar a atividade. No primeiro momento as duas equipes tiveram dificuldade de posicionar os colegas com com os cartazes para que a soma desse nove.
- Profº é impossível fazer esta tarefa! diziam.
- Nós arrumamos um lado mas dai o outro não dá certo! diziam outros.
     Então posicionei os alunos com o número cinco em um ponto do triângulo, e disse que era uma dica e eles não poderiam mexer naquele colega. Não demorou muito para que uma das equipes resolvesse o desafio, a outra apesar de ter demorado um pouco, também obteve sucesso em sua atividade. 
     Esta atividade foi muito satisfatória para todos nós.Se em um primeiro momento eles estavam um pouco desanimados pois não conseguirem, assim que solucionaram o desfio pareciam que haviam ganhado um grande prêmio, tamanha era a satisfação deles.

- Bah  profª foi difícil, mas nós conseguimos! disseram

   Como a atividade foi realizada no saguão da escola outros professores vendo a movimentação foram perguntar o que eles estavam fazendo,mais uma vez foram tomados de alegria e satisfação ao explicarem a atividade e foram cheios de orgulho para  a sala diante dos elogios que receberam do outros professores. Também fiquei muito contente com o resultado da atividade, quando comentei a tarefa com alguns colegas acharam muito difícil e que eles teriam muita dificuldade para realizá-la. realmente precisaram da dica mais encontraram a solução, foi muito bom ver eles trocando os colegas de lugar para conseguirem somar nove.
      Em alguns momentos, deixo de fazer alguma atividade diferentes por achar que meus alunos não vão conseguir, claro que as tarefas propostas devem estar de acordo com a faixa etário e o nível de meus alunos.Mas este desfio me mostrou que como já disse matemática pode ser divertida, segundo,as crianças são surpreendentes e devemos estimula-los para que cada vez mais busquem alternativas para solucionar os desafios propostos, e que precisam considerar todo o processo. Como nesta atividade, o outo grupo demorou para conseguir,mas não desistiu foi na tentativa e erro que chegaram ao resultado final e este processo é tão importante quanto encontrar a solução imediatamente.
         A empolgação continuou no outro dia quando relataram a atividade para os colegas que não estavam presentes no dia anterior.

Fonte: http://bauzinhodaweb.blogspot.com.br/2015/03/frases-de-jean-piaget.htm acesso em 20/11/16
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domingo, 13 de novembro de 2016

Traçando os rumos da escola

    Em minha escola,em virtude da elaboração do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar  estamos vivenciando um período de debates e estudos. Pois se faz necessário que este documento seja elaborado de forma consciente em relação aos rumos que desejamos para a nossa escola tanto na questão pedagógico com  ao relacionamento coma comunidade escolar.
        Compreendemos para que ocorram as mudanças  o estudo sobre a comunidade em que estamos inseridos e o cenário atual da educação  são de extrema importância,portanto, o tempo que dedicamos muitas vezes serem exaustivos  também são enriquecedores. As metas que planejamos devem ser coerentes com a nossa visão de educação, pois através de um projeto bem elaborado podemos  buscar parcerias que possibilitem sua execução.
     Todo este processo reque tempo e disponibilidade de todos os membros da comunidade escolar,mas infelizmente muitos por não compreenderem sua importância veem as horas de estudo e debate como uma perda de tempo.
      Recentemente  tivemos na escola um episódio de vandalismo,  que resultou em atividades com as crianças e com as famílias sobre cidadania. Muitos pais não conseguiram ver naquelas atividades  relação com que as crianças,segundo eles, deveriam estar aprendendo. Devido a visões como estas o debate em torno do Projeto e do Regimento escolar, também é considerado perda de tempo e infelizmente uma construção de deveria ser de todos  se resume a participação de pouco que compreendem que a escola e a educação é responsabilidade de todos.
      Traçar os rumos da escola é um projeto coletivo, as mudanças que desejamos deverão ser gradual, mas não há mais como pensar em escola e educação sem visualizar a necessidade de mudança de mentalidade e comportamento de toda a comunidade escolar. Acredito que esse seja o nosso maior desafio no momento, fazer que a escola seja pertencente a todos que a vivenciam.

domingo, 6 de novembro de 2016

A magia da ciência

   Realizei com meus alunos a experiência da Bolsa Mágica e toda esta atividade foi muito interessante  enriquecedora tanto para eles como para mim.
     No primeiro momento mostrei para eles o saco plástico e os lápis perguntando o que eles pensavam que eu faria com estes dois materiais:
- Tu vai desenhar no saquinho. disse um
- Não, tu vai abrir e colocar os lápis dentro do saquinho. - disse outro.
 - E o que vocês acham que vai acontecer se eu espetar os lápis no saquinho? - perguntei
Em coro:
 -  Vai vazar a água!!!! -disseram
 Comecei a experiência, e a expressão de espanto e encantamento foi geral. No primeiro lápis saíram de perto porque achavam que se molhariam,mas depois cada vez queriam que eu espetasse mais lápis.
  O mais interessante para mim foram as teorias fornecidas por eles para explicar o motivo de não haver vazamento:
- O lápis é gordinho e não deixou a água sair. - disse Diogo
- O lápis grudou no plastico.- disse Alexandre
- O lápis fez um muro. - disse Lucas
 As teorias por eles fornecidas em muito se aproximaram das que eu encontrei na internet,demonstrando como nossos alunos quando estimulados podem  organizar seu pensamento de forma que suas respostas sejam coerentes. No primeiro momento, alguns falaram que eu era mágica por estar furando o saquinho e não haver vazamento, mas conforme fui questionando muitos  formularam  suas teorias e sentiam satisfeitos não de somente conseguirem elabora-las como de haver de minha parte o reconhecimento da importância de suas falas. 
   Quando possibilito que meus alunos partindo de suas observações, construam suas hipótese   e as testem, oportunizo que elaborando conceitos ocorra seu aprendizado, que terá muito mais significado, a aprendizagem desta forma ocorrerá de forma contundente.Pois para comprovar suas hipótese terão que buscar apoio em outras áreas do conhecimentos,e em outra fontes.

domingo, 30 de outubro de 2016

Quem acolhe a escola?

    Quem acolhe a escola? Esta é a pergunta que todos nós professores da escola Júlio Brunelli  nos fazíamos  na manhã  do dia 24 de outubro. Quando chegamos para trabalhar na manha da segunda -feira nos deparamos com um cenário chocante,nossa escola havia sido alvo de vandalismo.  
     Ver a escola vandalizada foi muito chocante,pois, com a nova direção tem havido todo um esforço para resgatar a comunidade ,fazendo com que esta sinta-se pertencente a escola. Nosso  intuito  é fazer com que a comunidade perceba a escola como parte dela e não como um corpo estranho sem nenhuma relação com a vida  de seus alunos e muitas famílias tem percebido esta nova proposta  e frequentado e visto a escola com  um olhar diferente do que até possuíam.
     Passado o choque inicial, a comunidade ,pais e alunos, foram convidados a ajudarem a participar de um mutirão de limpeza,para nossa alegria  pais e alunos compareceram munidos de baldes, vassouras e produtos de limpeza . Muitas salas não foram alvo do vandalismo,como a minha, mas mesmo assim mães foram a ajudaram a limpar a sala dos filhos e a escola.
     Terminado mutirão, nós mesmos tínhamos a resposta par a pergunta  feita na segunda-feira, a escola foi acolhida pela comunidade que vê na escola e na educação um futuro melhor para os filhos, não foram a totalidades dos pais, mas os que foram, refletiram o sentimento de muitos que não puderam estar apesar de desejarem.Em relação aos pais que nos criticaram por fazer um mutirão de limpeza envolvendo seus filhos, estamos respondendo com aulas de cidadania, educação é muito mais que trabalhar português ou matemática é preparar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, pessoas solidárias aos problemas dos outros.

Reunião com a comunidade relatando o ocorrido

Mutirão da limpeza:
limpeza da minha sala


Mutirão da limpeza:
alunos ajudando na limpeza do saguão da escola

domingo, 23 de outubro de 2016

O tempo não para

     Devido a rapidez das informações, o ritmo acelerado da vida moderna que nos cobra que estejamos sempre atualizados em termo de noticias e  novidades tecnológicas a nossa relação com tempo tem se modificado ao longo destas últimas décadas. Nossa noção de tempo tornou-se variável conforme nossa agenda ou nossas emoções frente a diversas situações.
     No espaço escolar a relação com o tempo possuem diversas nuances. Para as famílias e para o governo as crianças deveriam passar mais tempo na escola para que possam avançar no seu processo de aprendizagem.Diante das cobranças por melhores resultados os professores são pressionados a observar as especificidades de cada aluno,mas sem deixar de lado  o conteúdo que é considerado necessário para aquele ano, como resultado disto,o tempo que ele destina a suas atividades parece-lhe insuficiente para  que possa atingir todos os objetivos.
    A relação dos alunos com o tempo escolar também é pautado pela maneira que  vivenciam seu papel  na escola e desta em sua vida. Quando as atividades  são prazerosas eles sempre solicitam que haja um prolongamento da atividade, e muita  vezes quando a escola é o único espaço que sentem-se pertencentes há um lugar o tempo que permanecem na escola independente de estar ou não envolvido com atividades tornam-se precioso, e portanto, pouco. " (...) No reino infantil, que é o tempo, não há sucessão nem consecutividade,mas intensidade da duração." ( KOHAN, 2007,n.p. apud  OLIVEIRA, n.p.)
    Como diz a música de Cazuza "O tempo não para" , e portanto a escola precisa contemplar os diversos tempos de seus atores. Uma maneira para que isto ocorra, seriam as reuniões de professores que são espaços para que ocorram   debates necessários para que a qualidade do tempo destinado as atividades escolares contemplem não somente o respeito ao tempo individual de cada aluno, como a pesquisa  e consequentemente o aprendizado seja construído com base  como resultado destas. Deste modo, o tempo que se passa na escola ou realizando pesquisa em em torno de um assunto de seu interesse seja frutifero.

domingo, 16 de outubro de 2016

Iniciação científica

     Neste ano nos foi proposto pela direção da escola que começássemos a trabalhar com as crianças a pesquisa,não a escolar em que o ano lê em um livro e responde perguntas elaborados pelo professor.  Mas sim, que as pesquisa fossem norteadas pela curiosidade dos alunos, questionamentos em que precisariam fazer realmente uma pesquisa cientifica para que pudessem responder seus questionamentos iniciais, ou seja, suas hipóteses a respeito do tema escolhido
   Quando se fala de cientistas as crianças sempre relacionam com laboratórios, elementos explodindo e principalmente, ao fato de um cientista ser um homem.Por este motivo  as atividades desenvolvidas durante nosso trabalho da iniciação cientifica foi muito interessante.
Nossa atividade disparadora foi  o livro O sanduiche da Maricota, após uma conversa sobre a história, comecei fazendo alguns questionamentos  que começaram a gerar por parte das crianças perguntas muito interessantes sobre os animais. Em um primeiro momento perguntavam o que qualquer coisa, mas na medida que foram percebendo que tudo que eles perguntavam eu escrevia no quadro, as perguntas foram sendo cada vez mais especificas, por exemplo: -" Como as aranhas fazem as teias?  "Os coelhos comem cenouras?" Por que os gatos não gostam de água?" Já a turma da tarde, demostrou um interesse maior pelas abelhas: Por que as abelhas tem ferrão?"  Será que as abelhas dormem?"
    Todas estas perguntas geraram muita pesquisa em casa com a família, na biblioteca  e no laboratório da escola, visita ao Zoológico. Todo este processo foi construindo nas crianças o interesse não somente pelo assunto escolhido mas principalmente pela pesquisa. Nosso trabalho ainda não terminou temos muitas perguntas a serem respondidas, algumas hipóteses já foram feitas como por exemplo: As abelhas carregam o mel na barriga e depois vomitam na colmeia." No entanto, ele está sendo muito mais gratificante, pois é possível ver o crescimento  das crianças não somente na construção do seu conhecimento como também em outros aspectos que envolveram a solidariedade ao colega que não conseguia fazer um trabalho ou pesquisar no livro. Muitas vezes focamos somente no resultado e nos esquecemos que  o processo que em termos de pesquisa, é tão importante quanto as respostas ao questionamento inicial.

Visita ao zoológico:

colmeia de garrafa pet 
conhecendo o laboratório da escola




domingo, 9 de outubro de 2016

Matemática também pode ser divertida

   Para mim assim como para mutos estudantes a matemática sempre foi um grande bicho papão, e no meu caso para piorar a situação ainda precisava simpatizar com o professor, pois senão  a recuperação era certa e  assim como no final do ano  a iminência de reprovação.
 Esta minha experiência com a matemática revela como muitas vezes a maneira que o professor trabalha com a disciplina é essencial para que muitas vezes os alunos possam aprender os conceitos básicos. Fruto de uma geração em que a decoreba era comum em todas as disciplinas,muitas vezes tive professores que utilizavam a matemática  e seus conceitos para que a turma não fugissem do seu controle:-" essa matéria é muito difícil e  cai na prova!" "- Muitos alunos reprovam nesta série porque não dominam este conteúdo!"...  Ou seja, compreender o processo ou fazer relação com o que está trabalhando em sala de aula e o cotidiano, nem pensar!
 A maneira autoritária com que ela me foi passada ficou para trás, busco fazer com que meus alunos estabeleçam relações com o seu cotidiano e percebam  como a matemática está inserida em seu cotiano. Em nossa primeira aula presencial da interdisciplina de Representação do mundo ´pela matemática, realizamos um jogo de Pif Maia, nos divertimos muito. E me fez refletir a importância de como nós enquanto estudantes nos relacionamos com determinados assuntos,pois, esta nossa relação gera reflexos em nossa pratica enquanto professores. Se um assunto  sempre nos foi interessante acabamos deixando transparecer aos nossos alunos este sentimento e muitas vezes eles terminam dividindo conosco, estas predileções. No caso da matemática, apesar de gostar de trabalhar com meus alunos, não flui com a mesma naturalidade e leveza com que trabalho com alfabetização ou Estudos Sociais. Portanto esta experiência, que tive na primeira aula presencial, me fez refletir sobre minha relação com a matemática. E espero que ao longo deste semestre ela possa ser transformada, melhorando desta forma e qualificando ainda mais as minhas aulas e a relação de meus a alunos com o universo matemático.

domingo, 2 de outubro de 2016

Afeto e educação

      Muitas vezes me questiono quais as estratégias que posso utilizar para atingir meus alunos levando-os a construir seu conhecimento. Jogos, música, poesia,saída de campo fazem parte de meu planejamento e de muitos colegas e considero que todas estas ferramentas assim como o conhecimento do professor  são muito importantes  no processo de aprendizagem das crianças.
      No entanto, faço minhas as palavras do apostolo Paulo "(...) se não tiver amor,nada serei". O que tenho confirmado  nestes último tempos é como uma relação afetuosa em aula pode perdurar por muito tempo, digo isto pois reencontrei dois ex alunos, e o  afeto permeou nossas conversas. Minha ex aluna vai observar minhas aulas e realmente é gratificante ver  que tendo se passado dez anos, que alguma atitude minha marcou aquela menina e fez com que agora moça, procurasse a escola e se emocionasse em saber que estaria comigo.
      Em alguns momentos,  parece que o meu  trabalho não está tendo os resultados esperados, e às vezes realmente não estão, se formos pensar em termo pedagógicos.Mas esqueço de analisar o quanto estou afetando nosso aluno emocionalmente,pois, todos nos professores deixamos marcas emocionais em nossos alunos. 
      Acredito que através do afeto é possível auxiliar no aprendizado de nossos alunos. Quando mostramos que estamos dispostos a ouvir não somente o que falam, mas, principalmente o que  revelam  em seus gestos e atitudes, deixamos claro o quanto eles são importantes para nós,e  em alguns casos, é somente na escola que as crianças encontram  atenção  e afeto.
    Em seu livro, através do personagem principal, Augusto Cury fala sobre não haver cofres que não podem ser abertos e sim chaves erradas, neste sentido tenho refletido muito sobre que chave tenho usado para trabalhar com aquele aluno que ainda não consegue se integrar ao grupo ou que utiliza-se de meios físicos para solucionar seus problemas.


Referência: CURY, Augusto. Em busca do sentido da vida- 2 ed.- São Paulo: Planeta,2013.

domingo, 25 de setembro de 2016

A importância da História

     Em uma semana em que uma medida provisória do governo federal, visando a reformulação do Ensino Médio no Brasil,traz à tona o debate sobre a qualidade do ensino e o currículo escolar. Devemos  refletir sobre a importância da disciplina de História neste contexto.
      Durante muitas décadas o ensino da História resumia-se a decorar datas e nomes dos heróis que fizeram a história, que por muito tempo foi escrita  pelos vencedores. A compartimentalização do ensino não possibilitava aos alunos fazerem relação entre o que acontecia na Europa e os acontecimentos aqui no Brasil,assim como, os considerados fatos marcantes da história eram apresentados aos alunos  de maneira estanque, sem considerar o processo. Por exemplo, apesar da tomada da Bastilha ser considerada uma marco para o inicio da idade contemporânea,mais importante do que o acontecimento em si, são os fatores o que corroboraram para  a sua queda e os desdobramento deste fato não somente na Europa como na América.
  No entanto, muitos professores tem procurado  mostrar para seus alunos  a importância de se analisar o processo histórico,assim como da micro história, onde foi dada visibilidade aos que até então eram marginalizados pelos historiadores,por não serem grandes generais ou reis.
  Por muito tempo a história era analisada por dois viés o politico e o econômico. A história social,das mentalidades  não eram consideradas   com seriedade,mas no entanto não podemos analisar as mudanças sociais somente por um aspecto, é preciso compreender seus impactos e como a sociedade se organizou diante de tais mudanças.
  Por este motivo,concordo com Daniel Caras, o ensino da  Sociologia,  Artes, assim como, da História possibilitam a formação de um cidadão completo, capaz que posicionar se criticamente pois lhe foi dada a oportunidade de exercer o livre pensamento, ou seja, o aluno foi encorajado formular hipóteses, a debater  e principalmente  questionar  e argumentar sobre seu ponto de vista. 
     Medidas como esta proposta pelo governo, já foram feitas,  a conotação agora pode ser outra mas o cerne é o mesmo de outras épocas. Quando um aluno estuda sobre os processos sociais seja na História ou na Sociologia, torna-se capaz de identificar o pano de fundo de atitudes que lhe são apresentadas independente da maneira que estas sejam colocadas.E esse é o grande perigo de ter alunos que pensem com autonomia.
    

domingo, 18 de setembro de 2016

Pensando as tradições

  Estamos na Semana Farroupilha,um momento muito  caro  para muitos gaúchos,  pois ressalta -se o  orgulho por nossas tradições e história. É um  período que aflora o tradicionalismo.
   Durante esta semana,nas escolas vemos crianças trajando com orgulho a vestimenta gaucha, durante as aulas trabalhamos lendas  e ensinamos sobre a nossa história. No entanto, o mesmo cuidado e preocupação que tratamos a alfabetização  e a matemática, precisamos ter em relação a Estudos Sociais,mais que trabalhar datas comemorativas devemos ter o compromisso de  respeitando a faixa etária de nossos alunos esclarecer alguns fatos relacionados com a nossa história regional e nacional.
     Muitos estudos tem sido feitos trazendo á tona outras versões de fatos históricos, fatos estes que inicialmente foram contados pelos vencedores ou por aqueles que tinham interesses em manter  ou criar uma imagem.  Portanto, precisamos  ter claro que para  nosso aluno  possa construir uma  visão critica da sociedade em que está inserido, é necessário oportunizar que tenha acesso a esta  bibliografia.
    Para que este processo ocorra é necessário que o professor esteja preparado,compreender como nossa história foi construída, para que possamos debater sobe os desdobramento de muitos fatos históricos não reforçando deste modo a versão dos vencedores.

domingo, 11 de setembro de 2016

A tecnologia na escola

     
     Há dois anos os alunos da minha escola ganharam computadores portáteis para trabalhar em sala de aula.A chegada, destes equipamentos, criou uma grande expectativa dentro da comunidade escolar. Os professores receosos em relação a maneira que utilizariam  os nets em aula  e os alunos ansiosos em poder jogar e navegar na internet na escola.
     No entanto, a prática apontou alguns pontos que não haviam sido cogitados,apesar de, dominarem a tecnologia a maioria dos alunos não sabiam digitar um texto, fazer uma tabela.Por outro lado, muitos professores  conseguiram perceber que utilizando-se desta tecnologia poderiam trabalhar de uma maneira diferente, sanando dificuldades que os alunos possuíam,como por exemplo a produção textual. Infelizmente, atualmente, muitos destes nets estão estragados pelo mau uso dos alunos, que  levavam  o equipamento para casa.
       O descompasso,em termos do uso da tecnologia, entre a escola  e a realidade existente fora de seus muros há muito vem sendo discutido. Pois, não podemos desconsiderar que nossos alunos  se utilizam da tecnologia em seu cotidiano, mas, como relatei acima precisam utiliza´-la como mais uma ferramneta em seu processo de aprendizagem. Neste sentido ALMEIDA 2014, afirma "(...) utilizá-las é se aproximar das gerações que hoje estão nos bancos das escolas."
        Quando falamos em tecnologia pensamos logo em computadores, utilização da internet para pequisa,mas muitas vezes estes recursos não estão disponíveis em nossas escolas. Então por que não utilizar o telefone celular não presente na vida de nossos alunos? Muitos professores tem utilizado desta tecnologia para fazer videos, pesquisas, no lugar da proibição transformar o celular em aliado para que as aulas sejam mais instigantes para nossos alunos.
      Referências: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconci. A tecnologia precisa estar presente na escola.Educar para crescer.2014. Texto de Elisângela Fernandes.  Disponível em http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/tecnologia-na-escola-618016.shtml acesso em 11/09/16.

Imagem disponível em: https://bibliopedagogia.wordpress.com/2016/03/06/tecnologia-na-sala-de-aula/ acesso em 11/9/16
         

domingo, 4 de setembro de 2016

Paixões

   O eixo quatro iniciou-se oficialmente na última segunda feira,vinte e nove de agosto.As interdisciplinas que serão abordadas neste semestre  estão muito ligadas ao afetivo tanto de alunos como dos educadores.
   Muito destes sentimentos estão intimamente ligados não somente como o professor trabalha estas disciplinas,Ciências, Matemática e Estudos Sociais, como também sua relação com as mesmas como educador e por que não dizer aluno. Particularmente,enquanto, aluna precisava gostar do professor de matemática para poder ir bem na disciplina caso contrário  a recuperação era certa, enquanto, Estudos Sociais as aulas sempre fluíram muito bem independente da minha relação com o professor.
    Como estas experiências se refletem em minha sala de aula,agora enquanto educadora? Tenho buscado fazer com que a matemática tenha sentido para meus alunos, que consigam vê-la como parte de seu cotidiano,ou seja, as atividades matemáticas precisam ter significado para eles. Mas não tenho como negar as aulas de Estudos Sociais fluem com muito mais leveza e me são muito mais prazerosas. Em relação a Ciências,que pelo seu perfil mais prático, dificilmente as crianças não gostam desta disciplina que mexe tanto com a curiosidade delas.
     Percebo que em relação a Estudos Sociais infelizmente muitos professores ainda a resumem somente as datas comemorativas onde reproduzem ideias que tem sido questionadas ao longo dos tempos. Possivelmente este posicionamento esteja ligado ao conceito,presente também nos Anos Finais, que matérias importantes são Português e Matemática e demais disciplinas agregam muito pouco ao estudante com tantas dificuldades de aprendizagem.No entanto, um texto bem trabalho sobre a Revolta dos Farrapos pode não somente englobar outras disciplinas como Português, como fazer nosso aluno refletir sobre a manipulação de informações e a consequência desta para a sociedade. 
         Sejo que as interdisciplinas deste semestre tragam não somente conceitos para que possamos embasar nossas aulas,como também, atividades práticas que despertem em nossos alunos o prazer  de apender.
   

domingo, 14 de agosto de 2016

Feedback

   Na noite do dia oito de de agosto, encerramos formalmente nosso terceiro semestre. Semestre este que teve como eixo temático ,na minha opinião, o despertar em nosso aluno o gosto em estar na escola e o prazer de ao realizar suas descobertas construir seu conhecimento.
 Em cada interdisciplina tratamos um pouco sobre atividades que fazem nosso aluno de maneira lúdica auxiliam nossas crianças em seu processo de aprendizagem. Jogos que atuam na área pedagógica e na social e emocional, cantigas de roda que podem ser utilizadas para através da dramatização explorar ao máximo a capacidade dos alunos em  interpretar e imaginar cenários. Os contos de fadas podem ser utilizados tanto para incentivar a imaginação como para a  reflexão em relação as questões sociais e discutir com nossos alunos os problemas sociais que estão presentes em nossa sociedade é de extrema importância para que mudanças profundas ocorram.
   O próximo semestre se aproxima com novos desafios e caminhos a serem percorridos, tenho certeza que cada novo semestre me modifico,tanto pessoalmente como profissionalmente.


domingo, 17 de julho de 2016

Parada estratégica

   Chegamos ao momento do semestre que paramos para refletir sobre o semestre que está se encerrando. A elaboração da síntese  envolve revisar não somente os textos lidos ao longo das disciplinas como também  a influencia destes em  minha prática na  sala de aula,na maneira de ver o outro e os processos que envolvem a educação.
   Este eixo foi basicamente voltado para disciplinas muito práticas. Todas as disciplinas que vimos até agora contribuíram de alguma forma para mudarmos nossa prática em aula ou para compreendemos melhor como a educação se estruturou no decorrer do tempo. No entanto as disciplinas deste semestre nos possibilitaram colocar em prática quase em tempo real o que liamos ou praticávamos em nossas aulas presenciais,como por exemplo, a brincadeira do Terremoto  e Escravos de Jó feitas na aula de Ludicidade, deste modo foi um semestre muito proveitoso  do ponto de vista do enriquecimento de minha prática e do embasamento fornecido ao meu proceder em aula.
   Agora é colocar todo este conhecimento adquirido no papel, elaborar a apresentação que agora já assume contornos mais acadêmicos,minhas impressões estarão colocadas neste processo,mas o enfoque deverá estar mais voltado para os conceitos trabalhados pelas interdisciplinas neste primeiro semestre.

                                             

     

domingo, 10 de julho de 2016

Festa Junina

  Ontem como culminância de quinze dias de atividades realizadas no formato de gincana,  ocorreu em minha escola a Festa Junina. Durante o período que antecedeu a festa, os alunos foram motivados a participarem de várias provas que incluíam desde trazer doações para a escola até prova práticas envolvendo conhecimentos e atividades físicas.
    A gincana junina e a expectativa da festa, movimentaram a nossa escola,principalmente, as provas físicas. E na realização destas pude, novamente constatar como nossas crianças precisam realizar não somente as atividades esportivas como exercitar o brincar.Brincadeiras simples como fazer uma batalha de bolinhas em que  deveriam  pegar a bolinha e jogá-la novamente para o campo adversário era quase uma missão impossível para alguns alunos.
    Diante desta observação, fica pra mim mais evidente a necessidade de continuar trabalhando com jogos e brincadeira com meus alunos. Estas atividades além de prazerosa para as crianças, me permitem trabalhar conceitos que de outra forma seriam desinteressantes e teriam pouco alcance, como por exemplo, a honestidade necessária quando se está jogando. 
      Apresentei, em forma de roda, com minhas turmas a  música Escravos  de Jó. Eles gostaram muito não somente de dançar como de fazer a brincadeira com os copos, que em um primeiro momento foi bem complicado,porque eles passavam o copo muito rápido, como se fosse ser penalizado que estivesse com o copo. Mas depois de alguns copos estraçalhados,pois fiz com copos descartáveis, conseguiram realizar a atividade inclusive sem a música. Já estamos juntando copos mais resistentes para que possamos fazer esta e outras brincadeiras.

domingo, 3 de julho de 2016

Era uma vez...

 Os clássicos contos de fadas com suas histórias cheias de magia,cavaleiros e reinos distantes onde princesas em perigo aguardavam pacientemente que seu príncipe viesse resgata-las povoaram nossa infância e pelo menos no meu  caso,  a infância dos meus filhos também.Lembro que minhas filhas ficavam apavoradas e ao mesmo tempo encantadas com a cena da bruxa fugindo na chuva dos setes anões.
   No entanto, nos últimos tempo os contos de fadas tornaram -se alvo do politicamente correto  e seus enredos começaram não somente a ser questionados como tiveram algumas adaptações que segundo Ana Maria Machado, eram resultado da "arrogância e ignorância " por parte daqueles que que desconheciam que no mundo da literatura "não se lê literalmente".
  A autoria dos contos de fadas não é conhecida uma vez que sendo,segundo alguns historiadores, obra de artistas populares e  por um longo período não haviam registros escritos desta histórias,ou seja, cada pessoa que contava colocava mais um elemento na história. Mas muitos destes contos estão relacionados com a passagem da idade infantis para a fazer adulta e todas as inquietações desta fase. 
   Certamente muitas coisas mudaram em termos sociais e principalmente em relação ao papel da mulher na sociedade atual.Mas isto não significa que os contos tornaram-se ultrapassado e desatualizados, a esperança de que apesar das coisas não estarem saindo conforme o planejado não significa que está tudo perdido. Se hoje a mulher não espera que um príncipe venha salvá-la, nossas crianças muitas vezes não tem sido poupadas de fatos que anida não possuem maturidade para compreender.Isto não significa criar as crianças num mundo de fantasia e magias mas sim, levá- los a outro universo ,fazendo que possam ver mais que as circunstâncias,pois como segundo Ana Maria Machado,

                         "Essas histórias sempre funcionam como uma válvula de escape para as aflições da alma    infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar  seus problemas psicológicos de modo   simbólico,saindo mais felizes dessa experiência."
  Atualmente muitos autores tem se inspirado nos contos de fadas para trazer para o universo infantil outras questões que também tem sido pertinentes nestes novos tempos,nestas histórias as princesas buscam soluções para seus problemas,enfrentam e dominam o medo  e questionam o papel que lé destinado a elas socialmente.Pois novas questionamentos vão surgindo,outras barreira precisam ser derrubadas.
     Portanto, podemos e devemos trabalhar com os clássicos contos de fadas e paralelamente utilizar estas novas versões, o lúdico e a literatura devem permear nossas aulas, através de filmes, do contato com os livros e até mesmo com a música como demonstrou a professora Ivany ao trabalhar conosco a cantiga  A linda Rosa Juvenil. Confesso que nunca tinha visto esta cantiga como uma narrativa literária, a experiência foi muito interessante.

  As imagens abaixo mostram  o universo dos personagens dos contos de fadas, a esquerda os clássicos como Branca de Neve, Cinderela. A direita uma representante das novas princesas Merida, que não se conforma com o destino reservado a ela pelas tradições e busca mudar seu destino.










Referência: MACHADO, Ana Maria.  Como e por que ler os clássicos universais desde cedo: Encantos para sempre.