sábado, 9 de dezembro de 2017

Parada obrigatória

    A cada término de semestre nos é solicitado uma síntese  que entrelace as interdisciplinas do semestre e nossa prática em sala de aula.
   
    Neste semestre algo novo foi acrescentado, a utilização do filme indiano, Como Estrelas na Terra  como mais um instrumento não somente pra exemplificar os conceitos aprendidos ao longo do semestre como  o que acontece no cotidiano escolar. O filme traz importantes considerações sobre como a escolar  trata os alunos que não se encaixam nos padrões, apesar de retratar a realidade indiano, percebi que as situações retratadas não diferem muito da minha realidade.Como por, exemplo, o autoritarismo da professora, os rótulos colados em algumas crianças e principalmente a valorização somente do conteúdo em detrimento de outras habilidades.
  
    A síntese é a primeira etapa, entregue o trabalho,  nossa atenção volta-se para a produção da apresentação e após a devolução da síntese pelos professores  fazer as correções necessárias. Deste modo até a apresentação do workshop nossa atenção mais do que nunca é destinada ao PEAD.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Mudanças


  Edgar  Morin em seus videos sobre a complexidade e a interdisciplinariedade   nos leva a refletir sobre a necessidade de revermos não somente como organizamos o currículo escola mas como pensamos  a produção do conhecimento.
   Segundo o sociólogo francês não é mais possível que as escolas continuem trabalhando os conteúdos de forma compartimentalizada, em que os aluno não conseguem estabelecer relações entre as disciplinas , e entre estas e o mundo que os cerca. Morin utiliza a metáfora da gavetas para e ilustrar como hoje as disciplinas se organizam nas escolas.
    Diante disto, a transdisciplinaridade  é o caminho para que estas relações sejam feitas, que o aluno possa se utilizar de mais de uma disciplina para responder seus questionamento,estabelecendo conexões dentro e fora da escola.
     
   No entanto, trabalhar em conjunto, de forma transdisciplinar ainda é um desafio dentro das escolas, muitos professores possuem dificuldade para compartilhar sua aula com um colega,mas de forma gradativa este cenário vem se modificando. Trabalhar em conjunto,integrando as disciplina possibilita a estes alunos ver a mesma situação por óticas diferentes e refletindo sobre o  que sendo visto e, partindo disto, ir construindo seu conhecimento. E neste processo a relação entre professor- aluno  se modifica, o professor se coloca ao lado de seu aluno como aprendiz, como aquele que aprende com um colega , aluno, mostrando-se como um ser que está sempre se modificando e incentivando seu aluno a buscar sempre novas soluções não se conformando com repostas prontas.

sábado, 25 de novembro de 2017

Como pensa,nossos alunos?



       O método clinico de Piaget possibilita que o professor conheça como seu aluno pensa e em que estádio do seu desenvolvimento ele se encontra.
      Com base na análise destes teste o professor poderá desenvolver atividades não somente que estejam de acordo com a etapa de desenvolvimento como principalmente fazer questionamentos que possibilitem que esta crianças avance.
       Tivemos a tarefa de aplicar em uma crianças um teste do método piagetiano, foi uma experiência  muito rica,pois, foi possível observar como cada crianças reagia frente a determinada prova, como organiza suas respostas.
       Diante desta experiência ,me pergunto, estes testes a exemplo das aulas entrevista do Geempa, norteiam o trabalho do professor uma vez que são realizados individualmente. Trabalhamos respeitando as diferenças de cada aluno,no entanto, o que geralmente fazemos é um avaliação igaul para todos e partindo dela separamos por grupos que em certa medida acabam por uniformizar as crianças,por exemplo, todos do grupo A são silábicos,os alunos do grupo B  ainda não tem conservação de massa... Mas será que todos pensam da mesma forma apesar de estarem no mesmo estádio de desenvolvimento?
       Sendo assim, seria muito mais enriquecedor para o processo de aprendizagem se os referidos testes fossem aplicados na escola,porém, esbarramos na falta de conhecimento dos pais e de algumas direções que consideram as testagem uma perda de tempo. E infelizmente isto ocorre em muitas escolas pois,nos enquanto, professores muitas vezes, não assumimos o nosso papel de especialista em educação, somos preparados para ocupar aquele lugar e portanto a nossa opinião deveria ser considerada como importante fator para as decisões dentro da escola.

domingo, 19 de novembro de 2017

Pensado sobre o preconceito

O Brasil te            
        O final da escravidão não significou o fim na separação entre brancos e negros e consequentemente do preconceito presente nas relações sociais. O racismo durante um longo período da história brasileira foi exercido explicitamente, não são raros os relatos de casos em que negros foram impedidos de frequentar lugares, integrar times de futebol, associações ou clubes recreativos, “em São Paulo, ‘a segregação atingia certas praças, avenidas ruas, e até bares. O espaço público ficava cindido: onde o negro colocava o pé, o branco não frequentava e vice-versa.” (Domingues,2000 apud GOMES, 2008 p. 273)
     O discurso vigente no Brasil é que não somos um país racista, pode-se até admitir que existem episódios de preconceito racial, contudo, estes não refletem uma prática da maioria da população brasileira. No entanto, de acordo com pesquisa realizada por Venturini e Paulino (1995) apud CAMINO, s.d. p 21 89 % dos brasileiros reconhecia a existência de preconceito racial no Brasil, mas somente 10% admitia ser pessoalmente preconceituoso.
      Com tudo, os dados acima, refletem que apesar das leis e das campanhas de conscientização contra o racismo, este continua ocorrendo em nossa sociedade, mas agora com uma outra apresentação, ou seja, os atos discriminatórios ocorrem de forma mais sutil, mascarado em brincadeiras e frases que aparentemente são carinhosas, mas refletem um pensamento racista que perdura há várias gerações. De acordo com LIMA e VALA, 2004, p. 403 “No Brasil, uma análise mais cuidadosa das características positivas atribuídas aos negros indica uma nova e mais sofisticada forma de preconceito, uma vez que os estereótipos positivos aplicados definem claramente papéis sociais específicos para este grupo.” 
      Com isto podemos perceber que  no imaginário social brasileiro, a figura do branco, do europeu, sempre esteve associada ao sucesso, a aspectos positivos. Ter a pele branca significa  de certa forma ser pertencente a categoria dos vencedores. Esta idealização de um padrão, europeu, também encontra-se no interior da famílias inter raciais , onde  o racismo ocorre, na maioria dos casos, de maneira muito mais sutil  se comparado com a sociedade como um todo,  mas nem por isto, deixa de ser  prejudicial  principalmente as crianças, que desde muito novas aprendem que ser chamado de negro é racismo mas ao mesmo tempo, são submetidas, principalmente as meninas a processos de alisamento de cabelo, com o objetivo de “tornar o cabelo bom”, liso. Ou seja, contribuindo desta forma para reforçar a construção negativa da auto estima destas crianças.
       Realizei com meus alunos uma atividade de autorretrato, levei para a sala um espelho e solicitei que cada um se desenhasse,após chamei individual para que me dissessem qual era sua cor.
      O autorretrato foi uma atividade que mexeu muito com algumas crianças principalmente duas meninas cujo o pai é negro e a mãe é branca, uma dessas alunas relatou por diversas vezes situações de racismo  sofridas pelo pai ou outro familiar, assim como, ela tem claramente na sua concepção que existe diferença de tratamento  relação as pessoas negras.
             Refletindo sobre esta atividade percebo como ainda tenho um longo a trilhar, se faz necessário   um trabalho efetivo contra o racismo e um resgate histórico em relação aos negros e sua cultura. Infelizmente nos detemos neste temas quando em nossas  salas  ocorrem  situações de preconceito ou na Semana da Consciência Negra. 
           Nós enquanto escola também,ao lado da família, somos um espaço privilegiado par resgatar a autoestima destas criança, reconstruir com ela a história de suas famílias, conversamos sobre a escravidão e seus malefícios mas também mostra a resistência deste escravos que se utilizaram de múltiplas estratégias para resistir e preservar sua cultura. Cultura esta que ultrapassa o mundo da música ou da culinária. Entretanto, para a escola ser um espaço de resistência e de resgate da cultura e da identidade africana, é necessário que os educadores estejam em constantes cursos de aperfeiçoamento, pois, muitas vezes reproduzimos em nossas sala o preconceito que julgamos estar combatendo. “ É de suma importância que o/a professor/a se veja como produtor/a de história, de conhecimento de ações que podem transformar vidas, [...]” ( ROCHA e TRINDADE, 2006, p. 66).


Referências:

   CAMINO, Leoncio, et.al. A face oculta do racismo no Brasil: uma análise psicossociológica . Revista psicologia política

GOMES,F.R., MAGALHÃES, M.L. Sport Club Cruzeiro do Sul e Sport Club Gaúcho: associativo e visibilidade negra em terras de imigração europeia no RS.  RS- Negro cartografias sobre a produção de conhecimento.  Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 2008.

LIMA, Marcus E. O. . VALA, Jorge. As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Psicologia, 2004, 9 (3), 401 – 411.

ROCHA, R. M., TRINDADE, A. L. (org.)  Ensino Fundamental. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais.  Ministério da Educação / Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: SECAD, 2006.

 SENKEVICS, Adriano Souza, et. al. A cor  ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep. Brasília -  DF Inep/Mec, 2016

SILVA, Petronilha B. G. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais  no Brasil. Porto Alegre/ RS, ano XXX ,n. 3 ( 63) p. 489 -506, set./dez. 2007
  

domingo, 12 de novembro de 2017

Olhares aos nossos alunos



   Um artigo da secretária  de São Paulo,intitulado Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos,nos possibilita uma reflexão sobre como olhamos para aquele aluno que se destaca dos demais por possuir um conhecimento maior, seja em relação aos conteúdos trabalhados  em aula seja em conhecimentos fora do ambiente escolar.
    Normalmente nos preocupamos com aqueles alunos que não conseguem acompanhar o ritmo da turma ou que apresentam  muitas dificuldades, para estes pensamos em jogos,estratégias diferenciadas, chamamos os responsáveis,enfim fazemos todo o possível para que as dificuldades sejam sanadas. Mas e o aluno com altas habilidades? Bom sobre estes dizemos, -Está vendo aquele aluno? Excelente, um aluno que nós não fazemos diferença damos a deixa e ele vai sozinho,não preciso me preocupar com ele,já aquele ali.....

    E com pensamentos como estes esquecemos que um aluno com altas habilidades precisa ser provocado tanto quanto o com dificuldades, ele pode aprender sozinho, mas o estimulo precisa ser dado, as atividades necessitam ser provocativas, instigar a curiosidade deste aluno.Quantos alunos que eram considerados excelentes,se destacavam na turma nos anos iniciais e ao ingressarem nos finais tornaram -se mais um aluno? Precisamos parar e olhar nosso aluno como único, mesmo dentro de um grupo em que todos estejam no mesmo nível de aprendizagem cada integrante possui suas especificidades.






Referência: SÃO PAULO (estado. Secretária de Educação. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação,CENP/CAPE;organização,Christina Menna Barreto Cupertino.- São Paulo:FDE,2008

domingo, 5 de novembro de 2017

Dialogicidade


  No capitulo  dialogicidade, Paulo Freire fala sobre a importância da relação dialógica no universo da sala de aula, em que o professor que se considera democrático precisa vivenciar na prática a dialogicidade com seus alunos e como o contexto social que os cerca. Para Freire (2000, p. 81) “ [..] Os educadores verdadeiramente democráticos não estão  - são  dialógicos. Uma de suas tarefas substantivas em nossa sociedade é gestar um clima dialógico.”
    Freire ressalta o fato de sermos seres sociais e históricos e, portanto, em frequente aprendizado e mudanças que são impulsionadas pela curiosidade e pela percepção do nosso inacabamento, “A consciência do inacabamento torna o ser educável.” (FREIRE,2000, p.75). Neste processo de aprender e construir-se, a curiosidade, o espanto diante do que nos é apresentado seja em termo de comportamento ou de conhecimento é o fator que nos move para a busca de respostas e consequentemente a conhecer e dialogar com o objeto em questão.
   Deste modo, muitas vezes a curiosidade presente no cotidiano onde os questionamentos não possuem um maior aprofundamento podem se tornar mais desafiadores quando as buscas pelas respostas forem movidas pelo desejo de saber como o processo ocorre, quais são os fatores que estão por trás de determinada ação.
   Neste contexto encontra-se a importância do ambiente escolar e do posicionamento do professor, os questionamentos dos alunos quando vistos como mais um meio do professor colocar o seu conhecimento em detrimento ao aluno, reafirmando a sua posição enquanto autoridade e detentor do saber dentro de sala reforça uma educação bancária que reproduz o sistema social vigente, “Nesse sentido, o anti-diálogo autoritário ofende a natureza do ser humano, seu processo de conhecer contradiz a democracia.” (FREIRE,2000,p.80)
    Mas quando o professor assume uma postura junto ao seu aluno de investigador, alguém que se dispõe não somente a ensinar, mas a aprender favorecendo em aula um ambiente de diálogo, confiança e trocas sua postura refletirá não somente o seu posicionamento enquanto educador, mas como cidadão. As questões em relação ao posicionamento do professor não somente em sala de aula mas enquanto educador, colocadas por Freire, são mais atuais do que nunca, uma vez que assistimos constantemente nas mídias que os grandes responsáveis pelos baixos índices da educação são os professores e sua formação insuficiente. “[...] uma política pedagógica baseada no tratamento digno do magistério, no exercício da sua formação autêntica. Somente a partir daí será possível cobrar-lhe eficácia.” (FREIRE,2000, p. 80)
    Freire ressalta que o dialogar com o aluno não significa “tagalerices”, o dialogar implica em alimentar da curiosidade, um aprofundamento nas questões que envolvem as dúvidas mas que não encontram-se à primeira vista, existe uma necessidade de debruçar-se sobre o objeto, um desejo verdadeiro em saber como tudo se processa, o autor fala em nossa finitude e tomada de consciência disto e a  importância de estarmos sempre inquietos, questionando, nos apropriando de novos saberes, posicionando nos  com propriedade frente as questões sociais  no intuito de modificar as estruturas sociais vigentes.


Referência : FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo: Ed. Olho dagua, 2000.
  
   
    

domingo, 29 de outubro de 2017

O que existe além das respostas?



      Um ponto interessante do método clínico de Piaget, encontra-se na minha opinião em buscar  compreender a linha de raciocínio da criança, como ela chegou  em um determinada resposta.

     Em sala de aula muitas vezes fazemos avaliações e baseadas nos resultados classificamos nossos aluno  e determinamos quais as estratégias que faremos para que possam aprender.No entanto duas crianças podem ter obtido a mesma resposta mas terem uma linha de raciocínio totalmente diferente ou  uma criança obteve uma resposta considerada errada, mas o seu modo de pensar  ser  mais coerente do aqueles que acertaram as questões.
   
  Dentro do universo escolar se pudéssemos ter um tempo para observar e conversar com nossos alunos com o objetivo de saber como seu pensamento está organizado o aprendizado seria enriquecido com as intervenções mais especificas.

   Dentro do método clinico o sujeito é observado, as entrevistas são feitas mas o experimentador/professor, tem claro seus objetivo, então deixará a criança falar mas suas intervenções serão para  conhecer como aquela criança está organizada mentalmente. Durante um período minha escola utilizou a metodologia geempiana e um dos aspectos mais importantes eram as chamadas aulas entrevista, onde o professor ficava frente a frente  com o aluno e propunha algumas atividade para que depois conversando com a criança esta lhe explicasse suas respostas, o resultado era muito interessante e geralmente diferente daquelas avaliações em conjunto.Nas aulas entrevistas muitas vezes percebíamos que os alunos conheciam determinado termo, mas não ouviam direito, ou então não era do seu universo e desta forma não tinha significado e familiaridade pra ele, com base nas entrevistas as intervenções eram muito mais pontuais e consequentemente mais eficazes,mas infelizmente em muitas situações por desconhecerem a importância de se conhecer o raciocínio das crianças as aulas entrevistas eram vistas como perda de tempo.

  A grande questões é se mesmo a escola fazendo parte de um projeto que se baseada nas entrevista a comunidade já não via com bons olhos, como esta importante instrumento norteador par o nosso trabalho poderá ser feito, uma vez que a grande maioria das escolas não há pessoal necessário da dar qualquer tipo de suporte  aos professores? 

domingo, 22 de outubro de 2017

Tudo a seu tempo



 Nos parece óbvio que cada criança tem o seu tempo para aprender e  suas especificidades. No entanto no decorrer do aluno letivo muitas vezes nos esquecemos disto, não por que  não consideramos as diferenças ,mas por que somos subterradas de uma série de atividades que nos são cobradas, por mais que nos digam respeitem o tempo das crianças completam as frase dizendo esta atividade é para este período. Então realmente as escolas estão respeitando o tempo das crianças?
  Infelizmente acredito que não, no decorrer do ano acabamos uniformizando as crianças, as que estão muito avançadas, as que estão progredindo dentro do seu tempo e as crianças que muito pouco avançaram. Para estas acabamos não dispensamos a devida atenção pois o ritmo é acelerado, os outros grupos nos exigem mais e aqueles que precisam de uma abordagem diferenciadas um tempo maior, não conseguem ter por parte do professor a atenção ideal, as atividades podem ser diferenciadas mas sem a intervenção do professor através de questionamentos, de uma problematização será pouco eficiente. Nestes caso em que temos salas lotadas  o ideal seria que pudêssemos contar com o apoio de um professor auxiliar para que este aluno realmente tenha seu tempo  e seu direito de aprender respeitado.

sábado, 14 de outubro de 2017

Refletindo sobre a ética e a educação



   Quando pensamos no universo da sala de aula, logo pensamos em como atingir cada aluno de modo, que todos a seu tempo, construam o seu conhecimento. Assim como, cada um tem o seu ritmo sua personalidade também traz consigo seus valores, valores estes resultados não somente dos ensinamentos de sua família como do meio em que está inserido.
   
 Apesar de termos que respeitar os valores de nossos alunos também temos o dever de levá-los a refletir não somente sobre suas atitudes como os que estão ao seu redor e como estas atitudes podem vir a prejudicar outras pessoas. Em muitos casos as crianças trazem consigo padrões que consideramos pela nossa ótica incorretos,mas não  prejudicam   terceiros, no entanto, em outros momento elas comentam ou reproduzem atos que afetam  outras pessoas.Como por exemplo, pegar objetos dos colegas, resolver situações de conflitos através da violência, em situações como estas deve-se conversar com as crianças levando- as refletirem  sobre o ocorrido, em casos assim, é necessário que haja uma conversa entre todos os lados não somente para compreender os motivos de quem fez algo que não deveria ser feito,mas para este ouvir como a sua atitude impactou a outra pessoa e esta por sua vez possa ver mais do que alguém que não respeita as regras.
  
  Enquanto professores não podemos impor nossos valores  ou julgar os outros pela nossa moral, no entanto, precisamos ter uma postura ética não somente em relação aos nossos alunos como em relação aos nossos colegas. Um professor que expõe uma situação particular de um aluno a outros professores sem ter o objetivo de buscar um apoio  ou quando o professor reclama de situações particulares da escola para os alunos,apresenta uma postura antiética invalidando qualquer forma de tornar seus alunos pessoas éticas. 


domingo, 8 de outubro de 2017

"De perto ninguém é normal!"



   A frase que intula este texto,  dita pelo cantor Caetano Veloso, e nós leva refletir o que é ser normal? Quem define os padrões de normalidade? A resposta pela definição dos padrões de normalidade são definidos pela sociedade e  através da  mídia  padrões são divulgados como o único caminho para ser feliz.
   Para atingir alguns padrões são mais possíveis de serem atingidos como por exemplo, excesso de peso, cabelo liso ou crespos, ser loira,.... Mas como fica aqueles que não se encaixam nos padrões e em muitos casos não existem para se se adeque aos padrões ? A estes é reservado a exclusão, o preconceito e olhares  piedosos.
  Realmente "De perto ninguém é normal", e muitas veze pensamos que somente quem é negro ou deficiente é alvo de preconceito e discriminação, mas precisamos para e pensar em situações do nosso cotidiano que nos mostram que também não somos tão normais como pensamos. Você usa óculos? Possui problemas na visão. Não consegue pegar os produtos nas prateleira mais alta? Sua altura não atende aos padrões de normalidade. Seu time ou religião é diferente de sua família ou grupo social, também está fora dos padrões de normalidade.
   Os exemplos acima mencionados, não tem nenhum intuito de comparar as dificuldade que as pessoas que são deficientes  ou sofrem com o homofobismo, preconceito racial ou religioso passam em nossa sociedade, mas o objetivo é refletirmos sobre nossas atitudes em relação ao outro e nossa omissão frente a brincadeiras relevamos por considerarmos inofensivas mas que podem deixar marcar pelo resto da vida. 




domingo, 1 de outubro de 2017

Falando um pouco sobre a aprendizagem

  No objetivo de podermos fazer as interferências mais adequadas para que nossos alunos construam seu aprendizado.Se faz necessário primeiramente sabermos como se processa a construção do conhecimento, nessa área os estudos de Jean Piaget são de extrema valia, originando  a  Epistemologia Genética.
   Para  nós educadores conhecermos esse estudo,como disse, é muito importante.Mas  precisamos primeiramente estarmos seguros do  método que vamos utilizar, assim como, ter claramente estabelecido que o que determina que uma crianças está em um estádio ou não não é o fator cronológico e sim se apresenta características do referente a cada  estádio, pois caso contrário corremos o risco do estímulo  que fornecemos ao nosso aluno ser inadequado, podendo romper o equilíbrio.
  Segundo o professor Fernando Becker, nossas escolas precisam ser mais laboratórios e menos auditórios ,ou seja, a interação , o experimentar são essenciais  para que nosso alunos se desenvolvam.Em uma aula ativa, com espaço para questionar, trocar e errar o aprender torna-se prazeroso e consequentemente  as crianças levam para fora dos muros da escola o desejo de investigar,estabelecendo relações com as descobertas feitas na escola.


            


   
  

domingo, 24 de setembro de 2017

Que tipo de exemplo, nós somos?



     Muito se tem falado no decorrer deste curso, que precisamos tornar nosso aluno crítico, um sujeito autônomo capaz de escrever sua própria história atuando e modificando a sociedade no qual  está inserido. vivemos um momento turbulento em relação a valorização do professor, valorização esta que não se resume a questões salariais.
    Novamente os professores estaduais estão em greve,no entanto esta se difere de tantas outras greves que  já foram construídas ao longo das últimas décadas .O  grande diferencial desta, é que não reivindicamos aumento salarial e sim um direito básico o de receber nosso salários, que alias não tem reajuste a dois anos e de forma integral.
   Ao longo das décadas acompanhamos a desvalorização da educação e consequentemente do professor, os índices de desempenho da educação estão baixos?  Culpa do professor que é despreparado, não se atualiza. Ouvimos estas afirmações entre outras e nos calamos. A grande pergunta seria que condições os professores tem para trabalhar?  As condições são as mais precárias possíveis, salas de aula lotadas e sem estruturas, devido aos baixos salários muitos professores precisam trabalhar três turnos ou encontrar meios alternativos para sobreviver.Portanto, em que momento do dia ou com que recursos os professores vão se atualizar?
  Acredito que nós somos a respostas  e assim como nós, muito professores buscam tempo e recursos de seus próprio bolso para se atualizar e melhorar seu trabalho de maneira que seu aluno seja um sujeito, como foi dito anteriormente, autônomo.  Precisamos romper com ideias que permeiam não somente o pensamento da sociedade como infelizmente de muitos professores, magistério não é sacerdócio  o que justificaria  para muitos, mesmos que inconscientemente,  os baixos salários. 
  Precisamos nos conscientizar que somos profissionais da educação, nos preparamos assim como o fazem o um médico ou um advogado, que por questões culturais são chamados de doutores, mesmo antes de fazerem o doutorado, enquanto nós, somos as tias, as cuidadoras das crianças enquanto os pais estão trabalhando. Muitas de nós até acham graça quando nos perguntam o que tu faz além de dar aula? 
 O que responder para um aluno atualmente, quando ele fala " Poxa eu este mês ganhei mais que tu" ou para uma mãe, "- Tu veio trabalhar por esta mixaria! Eu não viria." Enquanto não percebermos que somos profissionais e merecemos ser tratados com respeito, nossos direitos serão dia-a- dia violados, e  perderemos a credibilidade com nossos alunos e suas famílias, como formar um aluno crítico se o próprio professor não assume seu papel de agente histórico? 
 Devemos parar e refletir sobre o nosso papel na sociedade, em frases como "nós formamos todos os profissionais que ai estão  e por isto merecemos respeito" Na minha opinião é somente um lado do papel do professor, mais que formar profissionais, formamos pessoas, não escolhemos ser professor por gostar somente da profissão, escolhemos por que vislumbramos na educação um fator de mudanças.
 Cada um tem o direito de se posicionar perante a greve e este direito deve ser respeitado, mas a reflexão de como cada educador é tratado se faz necessário, respeito não se impõe se conquista!






domingo, 17 de setembro de 2017

Direitos respeitados



   Estudando um pouco a respeito sobre como as pessoas com necessidades especiais foram e ainda são tratadas em nossas sociedades,assim como, a forma que o Movimento Político  das Pessoas com Deficiência  se organizou no Brasil ,nos leva a refletir o quanto ainda temos um longo caminho a percorrer no sentido de garantir o direito e a dignidade a todos que não se encaixam nos padrões que foram culturalmente construídos.

    Todos nós concordamos  que  o preconceito  deve ser combatido em nossa sociedade.No entanto quando vemos  que para fazer cumprir a lei é necessário muita luta e sofrimento, percebemos que infelizmente as pessoas não são tratadas da mesma forma.O desrespeitar as pessoas por serem diferentes nos mostra o quanto ainda temos que aprender sobre respeito.

    Se formos pensar somente no universo escolar, quantas leis existem mas ao mesmo tempo quantas são cumpridas? A lei 13146, que trata da inclusão,em seu capitulo IV normatiza o direito a educação nos diferentes níveis,entre seus artigos destaco o artigo  28. Este artigo incumbe o poder publico de assegurar,criar, desenvolver,implementar incentivar,acompanhar e avaliar o sistema de ensino inclusivo,por exemplo,a igualdade de condições  das pessoas portadoras de necessidades especiais a jogos,atividades recreativas [...] no sistema escolar (inciso XV), em outros incisos este artigo trata da formação de professores, a oferta de profissionais de apoio e de materiais, entre outros aspectos.

   As determinações acima apontadas,entre outras, visam o pleno desenvolvimento dos alunos com deficiências e sua permanência no ambiente escolar. Mas infelizmente o que vivenciamos nas maiorias das escolas ,são os profissionais sem nenhum apoio,assim como as famílias, as informações necessárias para se desenvolver um bom trabalho em muitos casos são custeadas pelo próprio profissional.Deste modo, a escola não está plenamente adequada para exercer seus compromissos com estes alunos.

    Apesar das leis garantem o acesso e a permanecia destes alunos na escola,contudo muitos não conseguem passar da primeira etapa, ou seja, diagnosticar seus filhos. As reivindicações dos portadores de necessidades especiais deve ser a mesma nossa,respeito as diferenças, no vídeo acima citado,uma frase fica para a reflexão não somete sobre o movimento de pessoas com necessidades especias mas de todas que por algum motivo sofrem com ao preconceito "[..] O ideal seria que a sociedade fosse um único movimento a favor de todas as pessoas."   




domingo, 10 de setembro de 2017

Conectados mas isolados?


    Nesta semana nos foi colocado como tema de discussão  a relação da comunicação e o ser humano na atualidade, para refletirmos sobre este tema,assistimos o vídeo, do historiador Leandro Karnal. que no decorrer de sua fala  registra algumas situações e modificações no comportamento da maioria da população frente ao avanço das redes sociais.
    Realmente não podemos comparar nossa geração com a atual, o mundo se modificou e consequentemente  as relações, sejam no, âmbito profissional ou pessoal. Atualmente todos nós estamos conectados ao mundo virtual, mesmo que nosso único contato seja por meio de aplicativos de celulares.
 Acredito que a grande questão que é clocada pelo o historiador reside na questão de apesar de estamos conectados  cada vez estamos mais solitários. Compartilho desta opinião o que vemos são pessoas expondo suas vidas na rede, onde aparentemente todos são felizes, estão fazendo alguma coisa supre interessante, em contrapartida fica a expectativas de quantas curtida teve a postagem , o que foi comentado, e principalmente o que está acontecendo que estou perdendo?  E como resposta a está pergunta perde-se muito tempo olhando a vida alheia, preocupando em acompanhar  um ritmo alucinante de informações.
  Penso que não se tata de banir as redes sociais, uma vez que estas fazem parte da nossas vidas, talvez seja como a utilizamos, uma vez ouvi uma frase em um filme que dizia "use o dinheiro, não se deixe ser usado por ele", e esta frase poderia ser bem aplicada em relação as redes sociais.
   Precisamos encontrar o equilíbrio,pois, estamos cada vez mais conectados, recebemos noticias de amigos e acontecimentos que muitas vezes estão até mesmo em outro continente, mas quanto tempo dispensamos para aquele amigo que mora na mesma rua? Estamos tão ocupados curtindo o mundo virtual, que esquecemos como  é  enriquecedor  sentar em uma cafeteria e trocar ideias com um velho amigo. Saber o que acontece ao nosso redor é importante, mas vivenciar as situações nos possibilita crescer, formar opiniões. 


     
 

domingo, 3 de setembro de 2017

Brincadeiras x preconceito no ambiente profissional




  Em nossa primeira aula de Questões Étnico- raciais na Educação: Sociologia e História, fomos estimuladas a pensar sobre situações de preconceito pelas quais passamos. Foi interessante perceber que a maioria dos presentes em aula em algum momento da vida sofreu ou sofre  com atitudes preconceituosas

   Muitas destas situações  não são nomeadas como de fato o são, nos indignamos mas não nos consideramos alvo de atitudes preconceituosas, principalmente no ambiente escolar. O que dizer das colocações dos professores dos Anos Finais em relação aos colegas dos Anos Inicias? Como disse, não gostamos das colocações mas, como nos colocamos diante destes colegas?

  Esta situação é muito frequente em minha escola,no entanto, refletindo sobre esta situação percebemos que o nosso posicionamento esta errado, demostramos que não gostamos, mas o que ouvimos  são respostas  condescendentes  do tipo: -" Ah, sei sei que deve ser difícil! "  "- Eu não saberia trabalhar com os pequenos".... Ou seja, o preconceito ainda está presente.

   Há uma linha muito tênue entre brincadeira, colocações consideradas inocentes e declarações preconceituosas. Deste modo, precisamos estar muito atentas para não sermos tolerantes com situações nos causam  de algum modo   insatisfação como profissional.  E para que ocorram mudanças é necessário que tenhamos consciência  que não se tratam de visões diferentes sobre a nossa realidade, o que está sendo menosprezado é a nossa escolha em trabalhar com Anos Inicias,é nossa capacidade profissional e intelectual muitas vezes, portanto,  o respeito em relação ao Magistério deve iniciar dentro de nossas escolas.




terça-feira, 29 de agosto de 2017

Respeitando as diferenças

   O sexto eixo, nos convida a refletirmos como vemos  o que culturalmente é considerado diferente, ou seja, como pensamos sobre questões étnicas, de gênero e inclusão.

  Penso que as disciplinas deste semestre mudarão como vemos e trabalhamos estas questões com nossos filhos e alunos. A exemplo da disciplina de libras, onde pensava eu que utilizar a palavra surda era mais ofensivo do que o termo deficiente auditivo, mas somente quando escutei  o relato de um surdo pode perceber que, muitas vezes, o politicamente correto é muito mais preconceituoso que o próprio preconceito que nega.

   Deste modo este será um semestre de reflexão de como percebo o outro e partindo desta reflexão modificar o meu pensar e portanto meu modo de agir. Esta desconstrução e consequentemente, crescimento terão reflexo em minha sala de aula e  portando, possibilitará que  meus alunos possam também rever alguns conceitos que trazem consigo modificando seu olhar em relação ao outro.










domingo, 9 de julho de 2017

Refletindo sobre as aprendizagens

   Este período do semestre é dedicado a refletirmos sobre as aprendizagens do semestre e como os as conceitos  discutidos se relacionam com a nossa vivência enquanto membros de uma comunidade escolar e como o nosso trabalho em sala de aula.

  Muitos conceitos foram vistos,mas penso que os que mais se destacaram foram os que se relacionaram com a gestão e a organização  da escola,pois, sempre me preocupei em saber como meu aluno aprende, quais estrategias poderia usar para que ele construísse seu aprendizado, mas nunca me detive para pensar de modo mais aprofundado na estrutura da escola e do sistema de ensino.

  Assim como é importante estarmos sempre informando sobre questões pedagógicas as questões de leis e como podemos utilizá-las para podermos executar nosso trabalho é muito importante.Deste modo  o momento é de reflexão, de registrar todo este aprendizado e suas relações com nossa vida enquanto cidadão que acredita que somente com uma educação de qualidade, pode-se mudar a nossa sociedade.



domingo, 2 de julho de 2017

Pensando a Educação Infantil


       A resolução CNE n. 5 de dezembro de 2009 institui novas diretrizes para a Educação Infantil, sendo esta, uma etapa de grande  importância para o desenvolvimento  das crianças. A resolução desta forma, normatiza etapa etapa da Educação Básica ressaltando suas  especificidades.

     A Educação Infantil seja ela oferecida em creches ou em pré-escola é fundamental par o desenvolvimento social e cognitivo das crianças, pois, os estímulos recebidos nestes locais são diferentes daqueles que em casa são oferecidos.

     A grande questão é como propiciar este desenvolvimento, como por exemplo, o currículo deve ser uma adequação do ensino fundamental? Mas, em um ponto não  há divergências o lúdico deve ser ponto principal, desta forma todas as aprendizagem  são frutos da experimentação e das brincadeiras.

      A  avaliação deve ser um relatório individual, pois, cada criança é um individuo e deste modo o portfólio deve registrar cada um de seus  avanços.Sendo estes  significativos, não há como uma criança ser impedida de cursar o primeiro ano por não ter atingido um padrão idealizado por professores ou pais.

    Deixo como sugestão para um maior aprofundamento este vídeo da professora Zilma de Oliveira, que ressalta não somente a importância da Educação Infantil para a vida escolar e social da criança, assim como, o retorno dos investimentos financeiros por parte dos governos.


Vídeo: Primeira Infância: professora Zilma de Oliveira


https://www.youtube.com/watch?v=c6zCW-CBf5g



         

    


domingo, 25 de junho de 2017

Escola: qualidade e permanência


         No decorrer destas últimas décadas tem aumentado o debate em torno da educação no Brasil, tanto no quesito qualidade quanto em relação aos investimentos e gestão nesta área. A sociedade como um todo reconhece a importância da educação para o desenvolvimento social do pais, a melhoria na área da educação é parte obrigatória no programa de todos aqueles que desejam se candidatar algum cargo público.
         Assegurada na Constituição Federal de 1988 a educação é um direto social, portanto deve ser ofertado pelo Estado, no entanto também passa a ser, a partir de então, uma obrigatoriedade da família que assume o papel não somente de levar seu filho a escola como de garantir sua permanência na instituição.  Deste modo ,a escola, família, estado e sociedade em geral devem primar  pelo compromisso de ofertar uma educação de qualidade e assegurar a permanência deste aluno na escola.
      Em termos de investimentos cada ente federativo tem um percentual que é de sua responsabilidade.  No entanto ao mesmo tempo que são criados canis de investimentos, em termos político  econômico nas últimas décadas as ideias neoliberais tem permeado também o sistema educacional, ou seja, o estado tem buscado passar suas responsabilidades  à iniciativa privada, e ao terceiro setor. Organizações financeiras impõe metas para o desenvolvimento de um pais, entre estas está a elevação dos índices da educação, mas, ao mesmo tempo exige um estado mínimo, em que o estado seja um fiscalizador e não um investidor.
   Mas apesar das medidas neoliberais o governo federal tem elaborado programas que tem por objetivo a melhoria da educação, mas, ao mesmo tempo, muitos destes   impõe e interferem não somente na gestão da escola como na prática em sala de aula e na participação da comunidade escolar em todo o processo escolar tanto no aspecto pedagógico quanto na administrativo. Segundo DOURADO,2007, p 926   “Vivencia-se, no pais, um conjunto de ações, de modo parcial ou pouco efetivo, sob a ótica da mudança educacional, mas que , de maneira geral, contribui para desestabilizar o instituído, sem força política para instaurar novos parâmetros à pratica educativa.”
      Programas como Plano de desenvolvimento da Escola (PDE), Dinheiro direto na Escola, entre outros tem em sua base o investimento para melhoria da educação. No entanto, tais programas, como o PDE, por sua natureza acabam impossibilitando uma real participação da comunidade escolar e uma gestão democrática. A partir do momento em que se abrem nas escolas espaço para serem implementado programas que tem por objetivo corrigir a defasagem idade/ano, em que   o diferencial de  é como o programa é estruturado, ou seja, o professor são engessados dentro de uma estrutura de passos a serem seguidos para que haja um melhor rendimento na avaliações  externas e que desconhecem a realidade de cada localidade e portanto não está de acordo com o projeto político pedagógico da escola. Nestes casos, o que importa são os índices a serem atingidos, apesar de haver uma parceria entre o estado e o organizador destes projetos, a responsabilidade pela formação dos educadores, pela organização de material e o andamento do processo deixa a esfera estatal para a esfera privada.
     Falar em qualidade na educação está além do aumento de índices em avaliações, avaliações estas, muitas vezes externas, e portanto, sem o conhecimento da realidade escolar. Pensar em qualidade significa ter metas claras em relação ao cidadão que pretendemos formas, possibilitando a este aluno o acesso à cultura historicamente produzida.  Uma educação com qualidade passa por uma gestão democrática, em que os gestores estão cientes de seus deveres enquanto administrador, mas ao mesmo tempo reconhece a importância da participação da comunidade, seja ela direta ou através de seus representantes.

       Fatores  intra-extra escolares  influenciam a permanência do aluno na escola e na qualidade da educação. Em alguns casos os investimentos e os programas buscam a melhoria da educação, reconhecendo e financiando a formação de professores, por exemplo. Uma vez que estes precisam se apropriar não somente de questões pedagógicas como de gestão, conhecendo e assumindo sua responsabilidade enquanto membro de uma comunidade escolar, que por suas especificidades não tem como encaixar-se em programas em que as aulas vem prontos. Se faz necessário que ocorra uma tomada de consciência por parte de todos os envolvidos no processo para que as diretrizes sejam claras e condizentes com o meio social em que a escola está inserida. Oferecer uma educação de qualidade passa obrigatoriamente por este reconhecimento, da mesma forma,  que os investimento devem tornar a escola um espaço social em que a educação baseia-se não somente na troca e construção do conhecimento, mas oportunizar aos alunos principalmente de escolas públicas as mesmas oportunidade dedas classes mais abastadas, ou seja, a escola precisa estar conectada a realidade mundial ,mas ao mesmo tempo reforçar os laços com a comunidade em que a escola está inserida, criando um sentimento de pertencimento neste aluno que consegue vislumbrar na escola uma possibilidade de modificar sua realidade e consequentemente do seu meio.

domingo, 18 de junho de 2017

A construção da participação na educação


   Muito se tem falado da participação da sociedade civil  em todo as as esfera do país, seja ela incentivando uma maior engajamento político,seja incentivando  iniciativas a través de organizações não governamentais. O fato que é que enquanto sociedade devemos    não assumir o papel do estado em questões sociais , mas tomar posse de nossa posição de cidadão, ou seja, participar ativamente da vida de nosso pais.
   Em relação a educação, este participação ainda é muito tímida, os pais não conseguem, em sua maioria, se perceberem parte de todo o processo educacional, não somente de seus filhos mas da sociedade em geral. Para muitos a participação resume-se a somente ir a na escola pegara as avaliações  ou comparecer quando solicitado pelo professor de seu filho.
   No entanto, devemos refletir que educação desejamos a todos,segundo o artigo 6º da Constituição Federal, a educação é um direito social isto implica que todos na sociedade devem zelar pela educação, é dever do Estado garantir todos na escola, mas também é dever da família e da sociedade, não somente garantir este acesso mas que todos tenham uma educação de qualidade.
    Para que todos tenham aceso à educação e uma educação de qualidade é necessário que a comunidade se engaje   no processo educacional do  país. Se a educação é a chave para a transformação social, não poderá haver distinção entre a educação destinada a elite com conhecimento de todo patrimônio cultura, embasamento técnico, enquanto para os filhos da camadas mais populares a educação se resume  a somente ao básico, uma preparação ao mundo do trabalho. Deste modo a educação estará sendo transformadora ou reafirmando o status quo?
   Neste sentido se faz necessário, que os pais se conscientizem da importância dos conselho, tanto o escolar, como de educação  na função não somente de normatizar, como de fiscalizar  as diretrizes da educação tanto na esfera escolar como estadual/municipal. O conselho escolar é um órgão de suma importância dentro da escola, através dele se pode não somente garantir que o PPP que coletivamente foi construído está sendo  desenvolvido, como participar das decisões que envolvem a escola do filho como um espaço social em que os saberes não somente os formais como os individuais são considerados para a formação do aluno tornando -o capaz de transformar sua realidade social, sendo um sujeito crítica consciente de seus direitos e deveres.

domingo, 11 de junho de 2017

Refletindo sobre o Projeto Político Pedagógico

  Nesta semana um  o tema abordado pela interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, foi a construção  e a importância do Projeto  Político Pedagógico ( PPP) para a organização de uma escola e de toda a comunidade escolar.
    A imagem acima ilustra muito bem os componente que precisam fazer parte da construção  do PPP de uma escola. Cada escola possui suas especificidades decorrentes da comunidade que está inserida e do perfil da sua comunidade escolar; professores,pais,alunos,... portanto uma das primeiras etapas neste processo de elaboração é a elaboração  do diagnóstico da realidade da escola,deste modo é impossível buscar um modelo de outras escola para adaptar a sua realidade.

      Todos que participam deste processo precisam estar cientes da sua importância ,assim como, do resultado do diagnóstico para que as metas propostas partam da da necessidades de todos os atores envolvidos no processo. No Projeto Político Pedagógico precisa ficar claro a quem se destina este projeto, quais são os caminhos a ser seguidos e principalmente que aluno desejamos formar

  Por este motivo, é necessário que pais, alunos e professores sejam ouvidos para que se reconheçam no projeto, que se sintam co-produtores e portanto estão comprometidos com a sua execução.
   Outro ponto importante  a ser considerado na elaboração do PPP, é ofato dele não ser um projeto fechado, ou seja, precisa ser revisto e estar acessível a todos  na comunidade escolar afim de se observar se ela ainda atende as necessidades daquela comunidade e se o que está escrito nele está sendo colocado em prática por toda a comunidade escolar.

domingo, 4 de junho de 2017

Novas diretrizes

 
   Nas última décadas a educação no Brasil  tem passado por transformações que segundo seus idealizadores teriam como objetivo a melhoria na educação brasileira, aumentado os índices ,principalmente no que se refere a alfabetização. Em um primeiro momento se estabeleceu o bloco de alfabetização, por este princípio nos três primeiro anos do ensino fundamental a criança não reprovaria, pois, compreendendo que a alfabetização é um processo e portanto cada criança teria seus tempo, teoricamente a criança completaria seu processo de alfabetização ao final do terceiro ano, isto significaria que quando inicia-se o quarto ano as crianças já seriam capazes de ler e interpretar um texto, compreendendo a função da escrita e da leitura, cabendo ao anos seguintes um aprofundamento tanto na leitura e na interpretação quanto em relação a ortografia e gramática.
   No entanto, o que se mostrou no ano seguintes foram que as crianças chegavam ao terceiro ano com muitas lacunas,muitas estavam na etapa inicial de seu processo de alfabetização, cabendo ao terceiro ano sanar todas as dificuldade, resultado altos índices de reprovação no terceiro ano, criança com dificuldades tanto na leitura quanto na interpretação nas séries seguintes. Diante deste quadro o governo lança mão de um programa que visava auxiliar os professores dando um suporte técnico  e teórico para que as dificuldades em relação a alfabetização fossem sanadas. Mas,  não houve um diferencial nos dados tanto em relação aos números de reprovação tanto nas dificuldades que a maioria das crianças enfrentam no bloco de transição ( 4º ano e 5º ano), sendo, assim, novas regras estão sendo propostas  como uma base curricular comum e a  reprovação no segundo ano.
  Neste sentido devemos parar e refletir se isto não melhorar os índices de reprovação e no domínio da leitura e da escrita, retornaremos a reprovar no 1º ano? Será o que o problema está em reprovar e em qual ano isto deve ocorrer? Acredito que que a questão não é esta, percebo que o problema está muito além, disto, passa pelo fato do desinteresse das famílias na vida escolar de seus filhos, na maneira como eles veem a educação. Como oferecer uma educação de qualidade com escolas sucateadas? Nossos recursos são muito poucos e quase sempre os parcos recursos que possuímos são produzidos por nós, muitos de nossos alunos precisam de atendimentos especializados e os que procuram estes recursos esbarram na pouca oferta pelo sistema único de saúde.
 Deste modo,  os precisamos de reformas profundas na maneira que desejamos conduzir a educação no Brasil, mudar as leis só mudam os problemas de lugar.

domingo, 28 de maio de 2017

Iguais nas diferenças


          

  Neste sábado, 27/05/17, participei de um curso ministrado pela psicologa Giane  Siciliani sobre TDAH e dislexia. Foi um bate bate muito interessante e elucidativo  sobre estes dois transtornos da aprendizagem.

  No caso específico do TDAH minha relação está além do ser professora, meu filho foi diagnosticado com TDAH  com dezesseis anos,até chegar a este diagnóstico foi uma dura e dolorosa peregrinação entre médicos e psicopedagogos.Meu filho desde que entrou na escola sempre teve acompanhamento de psicopedagogos e mesmo assim, não foi possível,até encontrar um bom neurologista evitar todo o sofrimento que  na escola, sempre sendo apontado como preguiçoso, desinteressado, frequentemente ouvíamos de professores e orientadores da escola: "Ele não presta atenção." "Ele não termina as avaliações, por que fica parado olhando pro teto ou brincando com o lápis." Ele até se esforça... mas tem muita dificuldade, talvez ele tenha  uma lacuna na alfabetização." 

    Enquanto professora, também vivencio o outro lado da história do meu filho, que é ter um aluno com TDAH e por mais tenha a minha experiência pessoal e lido sobre o assunto ainda não me considero totalmente capacitada para trabalhar com estes alunos. Pois  as  crianças com TDAH podem não apresentar as mesmas necessidades, uma podem ser mais auditivas, outras mais visuais.Algumas irão necessitar de medicação outros não.

    Dentro do universo da sala de aula  as crianças, como sabemos não são iguais e mesmo aquelas que apresentam  estas dificuldades de aprendizagem também possuem suas diferenças.Deste modo precisamos tratar cada um de forma diferente mas de maneira igual, ou seja, com respeito, sem chamar a atenção para as dificuldades. No curso  Giane passou  algumas sugestões e uma delas que considerei muito interessante foi como explicar para os pais ou para os outros colegas  o motivo  de um aluno estar  fazendo uma atividade diferenciada, no caso dos pais: " o senhor e o pai do fulaninho pensam igual? Vocês agem da mesma forma na mesma situação? Então aqui também eles farão atividades  diferentes. Para os alunos "hoje ele está fazendo esta atividade diferente  amanhã será você, vocês são todos iguais? Então porque precisam fazer as mesmas atividades?"

    Estes transtornos de aprendizagem  exigem que nós,professores, estejamos sempre  buscando nos  atualizar sobre estes assuntos para que possamos auxiliar as famílias e principalmente nossos alunos, pois, infelizmente na maioria das escolas o único recurso que temos disponível são o apoio das colegas,as trocas de experiências do que foi positivo ou ou com determinados alunos.
      Deixo como sugestão o filme Como estrelas na Terra que trata de um menino dislexo e o papel do professor em sua vida. Segue um link com um trecho deste filme em que o professor explica para turma o que é dislexia:

https://www.youtube.com/watch?v=roTYfQ4pCJc

domingo, 21 de maio de 2017

Velhas novidades


     Nesta semana iniciamos a interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental na qual assistimos a aula inaugural da Faculdade de Educação  da  UFRGS/ 2017 ministrada pelo Professor  Carlos Roberto Jamil Cury.

   No decorrer de sua fala  professor Jamil Cury  estabelece relações com períodos históricos brasileiros e as modificações nas leis que regem a educação brasileira. A reforma do Ensino através de modificações na LDB , nos faz refletir não somente sobre os rumos da educação no Brasil como principalmente  sobre o cenário político- econômico que vem se formando e seus desdobramento para todo o país.

    A reforma  do Ensino Médio,que de acordo com seus defensores permite que os jovens escolham não somente as disciplinas que desejam cursar  como  em ter  ou não, uma formação profissional ao sair da escola. Precisa ser discutida a luz do cenário político -econômico que  o Brasil está vivendo, em nossa história recente reformas como esta do ensino médio já foram implementadas, apesar do período histórico ser diferente as intenções são muito diferentes.

    Enquanto os alunos oriundos de camadas populares precisam optar por qual disciplina devem escolher e  como esta escolha poderá influenciar em sua vida quando desejarem se aposentar, o currículo  daqueles que podem cursar uma escola particular contempla cada vez mais disciplinas e atividades que possibilitam a eles não somente um conhecimento maior como explorar ao máximo suas potencialidades.

     Como foi muito bem colocado pelo professor Jamil, que aluno de quinze anos tem maturidade  e interesse  em optar em ter aula de História, por exemplo?  As escolas estão preparadas para ofertar aos seus alunos  os cinco eixos? 

      Desta forma,a maioria dos estudantes irão optar  pelo curso profissionalizante ou para aqueles alunos que almejam cursar uma universidade por aquele eixo que contempla as matérias mais "importantes" e possuem mais peso no vestibular.

      Concordo com  o professor Jamil é necessário se discutir este novo Ensino Médio, assim como, repensar como estamos formando nossos alunos no Ensino Fundamental.Será que não estamos exigindo deles cada vez menos? Quando debatemos  em nossas escolas que as famílias não valorizam a educação e por este motivo a cada ano eles vem sem noções básicas ,como por exemplo, em que situações usamos números ou letras,não estamos inconscientemente repetindo um discurso elitista? Realmente não podemos negar que nossas crianças em sua maioria não  possuem, em suas casa, um ambiente alfabetizador, mas acredito que precisamos debater  estas questões para que a trilha sonora das próximas gerações não seja a música do cantor Zé Ramalho,Admirável Mundo Novo.  
  

domingo, 14 de maio de 2017

Dia das mães X Dia da família.



  
    Na sexta-feira,12 de maio, ocorreu na minha escola um chá em comemoração ao dia das mães.Como é tradição, este evento foi marcado por apresentações e muitas fotos e choro dos espectadores. Mas as semanas que o antecederam,  foram marcadas por discussões entre o grupo de professores dos anos iniciais e a direção da escola. 

  O debate centrava-se principalmente na permanência de um evento que não condiz com a realidade da maioria de nossos alunos. Atualmente as mães por inúmeros motivos estão longe de ser aquelas mães apresentadas em campanhas publicitárias e em muitas atividades que se encontram na rede mundial de computadores.


   As famílias nestas últimas décadas vem se transformando, há famílias que possuem duas mães ou dois pais, que os avós cuidam, famílias em  que só existe a figura de um dos pais, enfim família pode ser formada de várias maneiras,portanto, teoricamente família é um grupo social em que um cuida e se preocupa com o outro.Nestes casos as festas das mães pode ser vista como uma celebração.

   Mas como fica aquela criança que a mãe abriu mão de estar com ela por causa do novo companheiro? ou foi vítima de abuso sexual  por parte da mãe?  Como podemos cantar uma música em que estas crianças pedem perdão a mãe por não serem obedientes? Como podemos fazê-las declamar um texto que exalta as virtudes de uma mãe amorosa e zelosa?

  Este debate em relação ao dia da família substituir o dia dos pai e das mães se faz necessário. Não se trata de simplesmente substituir um pelo outro, mas, de como a escola  e a sociedade em geral  irão tratar com questões tão delicada como o abandono afetivo e outras questões das quais nossas crianças são vítimas. Da mesma forma que precisamos estar atentos a estas questões não podemos esquecer daqueles que possuem um família estruturada, independente de ser da forma tradicional ou não e que gostam de homenagear seus pais ou cuidadores.

     Assim como, debatemos os caminhos que precisamos trilhar  com nossos na construção do seu  conhecimento,também, precisamos  discutir questões que apesar de não serem de nossa alçada se fazem presentes em nossas salas de aula, principalmente quando convivemos diariamente com nossos alunos e seus dramas pessoais.