A aprendizagem é um processo em que os conceitos estão sendo não somente construido como modificados. No processo de aprendizagem a interação social é fundamental.A troca de informações e de experiências colaboram para que o conhecimento seja construido e utilizado posteriormente.
Assim como, é preciso que estas aprendizagens sejam significativas,tenham relação com o meio que a criança está inserida. Um ambiente lúdico e acolhedor também favorecem aprendizagem, em um espaço que os questionamentos e a busca pelas suas respostas são estimuladas, a construção do conhecimento torna-se mais prazeroso.
Infelizmente alguns fatores acabam interferindo neste processo de aprendizagem. Muitas vezes esquecemos da realidade em que nossos alunos vivem, e isto não somente na questão financeira, como também, no sentido de conhecerem outras realidades. Então usamos termos que fazem parte da nossa cultura mas que para eles não tem muito significado, dificultando a comunicação entre o aluno e professor.
As combinações devem ser construidas conjuntamente com as crianças, para que elas possam compreender como funciona o este espaço social tão diferente ao que está habituada.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
A escola ao longo da história
Para entender a escola atual enquanto instituição, a leitura do livro Maquinaria escolar (Varela. Julia, 1996) é muito importante.
A escola e a educação sempre foram consideradas um meio político para a manutenção do status quo. Para os filhos da classe dominante a educação não somente deveria ser esmerada como estes deveriam aprender sobre sua superioridade diante dos demais membros da sociedade. Aos que eram oriundos das classes trabalhadoras o escola e sua formação deveriam conter o suficiente para que pudessem trabalhar e mantê-los em sua condição de subserviência.
A escola era um espaço destinado a doutrinação do corpo,um espaço em que ideias próprias e questionamentos eram reprimidos. Era contra producente, formar pessoas que pudessem questionar as decisões que estavam sendo tomadas.Paralelo a isto na escola ensinava-se a reconhecer os símbolos nacionais e a orgulhar-se da história do país.
Portanto cabia a escola fazer cada um tivesse o sentimento de ser membro da sociedade,mas totalmente conformado com o papel que lhe era destinado.
Muitas medidas que tinham o caráter de melhorar a educação na realidade tinham por objetivo atender os interessas da elite dominante.Assim como antigamente, hoje assistimos anuncio de medidas que garantem acesso de todos a educação de base. Sim, todos até podem ter seu acesso a escola garantido, mas como é a qualidade desta escola? Professores desrespeitados em seus direitos mais básicos e escolas sucateadas, compõem o panorama da educação em nosso país.
A escola e a educação sempre foram consideradas um meio político para a manutenção do status quo. Para os filhos da classe dominante a educação não somente deveria ser esmerada como estes deveriam aprender sobre sua superioridade diante dos demais membros da sociedade. Aos que eram oriundos das classes trabalhadoras o escola e sua formação deveriam conter o suficiente para que pudessem trabalhar e mantê-los em sua condição de subserviência.
A escola era um espaço destinado a doutrinação do corpo,um espaço em que ideias próprias e questionamentos eram reprimidos. Era contra producente, formar pessoas que pudessem questionar as decisões que estavam sendo tomadas.Paralelo a isto na escola ensinava-se a reconhecer os símbolos nacionais e a orgulhar-se da história do país.
Portanto cabia a escola fazer cada um tivesse o sentimento de ser membro da sociedade,mas totalmente conformado com o papel que lhe era destinado.
Muitas medidas que tinham o caráter de melhorar a educação na realidade tinham por objetivo atender os interessas da elite dominante.Assim como antigamente, hoje assistimos anuncio de medidas que garantem acesso de todos a educação de base. Sim, todos até podem ter seu acesso a escola garantido, mas como é a qualidade desta escola? Professores desrespeitados em seus direitos mais básicos e escolas sucateadas, compõem o panorama da educação em nosso país.
Freud explica...
Quem nunca ouviu esta frase: "Freud explica!". E realmente ele explica,muitas coisas que fazemos, pensamos ou sentimos tem origem em experiências que vivenciamos e que ficaram registradas em nosso inconsciente.
O nosso inconsciente desenvolve alguns mecanismos de defesa para que possamos lidar com alguma situação que nos foi dolorosa. Fobias e compulsões demonstram que alguma coisa em nosso interior está em desequilíbrio. Assim como, os sonhos que revelam muito do que está contido em nosso inconsciente e precisam ser trazidos à tona para possam ser resolvidos.
Nesse ponto a analise é uma importante ferramenta na busca pelo autoconhecimento, que possibilita a interação com outras pessoas.
Ao longo do nosso dia,precisamos tomar decisões e muitas vezes ficamos escutando "aquelas vozes" que parecem que discutem entre si:-Faça isso! Não, não faça! Então ponderamos e tomamos as decisões às vezes acertadas outras vezes não.
Pois bem estas "vozes" são o Id. Ego e o Superego, que segundo Freud os três sistemas da nossa personalidade. A tirinha abaixo exemplifica a sua atuação em uma situação corriqueira:
Material disponível em: http://www.praquemgostadeler.com.br/2013/04/toda-mafalda-da-primeira-ultima-tira.html acessado em 24/09/ 2015
O nosso inconsciente desenvolve alguns mecanismos de defesa para que possamos lidar com alguma situação que nos foi dolorosa. Fobias e compulsões demonstram que alguma coisa em nosso interior está em desequilíbrio. Assim como, os sonhos que revelam muito do que está contido em nosso inconsciente e precisam ser trazidos à tona para possam ser resolvidos.
Nesse ponto a analise é uma importante ferramenta na busca pelo autoconhecimento, que possibilita a interação com outras pessoas.
Ao longo do nosso dia,precisamos tomar decisões e muitas vezes ficamos escutando "aquelas vozes" que parecem que discutem entre si:-Faça isso! Não, não faça! Então ponderamos e tomamos as decisões às vezes acertadas outras vezes não.
Pois bem estas "vozes" são o Id. Ego e o Superego, que segundo Freud os três sistemas da nossa personalidade. A tirinha abaixo exemplifica a sua atuação em uma situação corriqueira:
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Crianças e o consumo
Que vivemos em uma sociedade consumista,isto é, fato mas a onda consumista está também atingindo nossas crianças. E quando se fala só em consumo não estou me referindo somente a bens materiais. Fama, sucesso também está na lista de interesses de nossas crianças.
Cada vez mais a impressa vincula propagandas destinadas ao público infantil. Quando estas ainda estão em seus primeiros anos de vida a escolha é feita pelos pais,mas assim que, começam a poder emitir opiniões começam a "fazer escolhas". No entanto,por mais "opinião" que tenham, caberia aos pais o bom senso de dosar este consumo.
Mas como podem fazê-lo se, em sua grande maioria também são consumistas? E diante dos exemplo dos pais, realmente é possível dizer que nossas crianças são consumistas ou estão reproduzindo um modelo?
Assim como o consumo de produtos, a busca pela fama também tem entrado no universo infantil de uma maneira mais ampla,diria até mais agressiva. Há alguns anos atrás o sonho de algumas meninas era o de ser primeiramente miss e depois passou a ser modelo ou atriz. Os meninos a carreira de jogador de futebol sempre foi atrativa.
Mas agora com a facilidade de com um toque tudo estar na rede, um simples vídeo pode se tornar viral e a tão sonha fama chega instantaneamente.
O desejo de ser famoso, ter tudo que está na moda parece camuflar o desejo dessa criança de ser notada e amada. Pois muitas vezes os pais trabalham muito para não somente para dar o sustento como para comprar as coisas que o filho deseja. Exemplificando esta minha fala segue o depoimento de um jornalista,na semana passada, em um programa de televisão: "Sempre achei desnecessário que meu filho aos 4 anos tivesse um Iphone, mas tive que comprar, por que ele seria o único da turma que não teria. Seria um ET",
Cada vez mais a impressa vincula propagandas destinadas ao público infantil. Quando estas ainda estão em seus primeiros anos de vida a escolha é feita pelos pais,mas assim que, começam a poder emitir opiniões começam a "fazer escolhas". No entanto,por mais "opinião" que tenham, caberia aos pais o bom senso de dosar este consumo.
Mas como podem fazê-lo se, em sua grande maioria também são consumistas? E diante dos exemplo dos pais, realmente é possível dizer que nossas crianças são consumistas ou estão reproduzindo um modelo?
Assim como o consumo de produtos, a busca pela fama também tem entrado no universo infantil de uma maneira mais ampla,diria até mais agressiva. Há alguns anos atrás o sonho de algumas meninas era o de ser primeiramente miss e depois passou a ser modelo ou atriz. Os meninos a carreira de jogador de futebol sempre foi atrativa.
Mas agora com a facilidade de com um toque tudo estar na rede, um simples vídeo pode se tornar viral e a tão sonha fama chega instantaneamente.
O desejo de ser famoso, ter tudo que está na moda parece camuflar o desejo dessa criança de ser notada e amada. Pois muitas vezes os pais trabalham muito para não somente para dar o sustento como para comprar as coisas que o filho deseja. Exemplificando esta minha fala segue o depoimento de um jornalista,na semana passada, em um programa de televisão: "Sempre achei desnecessário que meu filho aos 4 anos tivesse um Iphone, mas tive que comprar, por que ele seria o único da turma que não teria. Seria um ET",
domingo, 20 de setembro de 2015
Como marcamos a vida de nossas crianças?
Às vezes atitudes que parecem ser inofensivas marcam a vida de uma pessoa. Um exemplo disto, foi o que ocorreu com meu filho na pré-escola a professora, arrancava as folhas toda vez que de acordo, com ela, a pintura não estava adequada. Resultado, ele passou toda a primeira série procurando a perfeição em seus desenhos, isto, aliado a TDH colaborou para a sua reprovação e sofrimento ao longo daquele ano. E mesmo no ensino médio a pintura dele é impecável. Tenho certeza que a professora estava certa de estar fazendo o melhor e não tinha noção do dano que estava causando.
Na semana passada um ex aluno veio visitar a escola, ao me ver lembrou que fui eu que havia apresentado a biblioteca da escola e ele se apaixonou por este ambiente. Hoje ele pretende cursar direito, se juiz trabalhista..Na época o fato de leva-lo à biblioteca não foi nada de extraordinário, jamais pensei que ele iria lembrar daquele fato passado tanto tempo
Diante destes exemplos e baseada na leitura dos textos sobre o inconsciente e seus mecanismos de defesa, é impossível não refletir sobre o cuidado que devemos ter com nossas ações e palavras para com as crianças com que convivemos
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Memória e alfabetização
Memória e alfabetização, dois temas que tem nestas últimas semanas foram bem presentes em nossas atividades.
Ao elaborar o vídeo sobre como me formei professora, foi preciso me reportar ao momento que decidi por essa carreira e como foi bom relembrar quais os motivos que me fazem permanecer. Alunos que retornam a escola não somente para matar a saudade,mas para dizer que estão felizes, que possuem planos para o futuro. Como é bom perceber que tu faz parte da vida de alguém! Que um pequeno gesto lá trás ainda marca a vida dessa pessoa.
Mas a memória é sempre carregada de subjetividade, olhamos para nossas lembranças com um novo olhar. Estas lembranças ajudam a constituir quem somos atualmente.
Na linha da memória a prof Ana Maria Rangel, trouxe novos elementos. Primeiramente nos lembrou,através de um texto em árabe, como é decodificar símbolos que não nos dizem nada. Esta atividade vou utilizar para explicar aos pais que ansiosamente comparam seus filhos a outras crianças.
Outras atividade aplicada pela professora foi a de encher a linha com palavras em árabe com o objetivo de nos levar a reflexão sobre nossas práticas. Confesso que no início da minha carreira muito fiz meus alunos encherem a linha com as vogais. Pobre crianças!
Hoje durante a aula me lembrei da fala da professora em relação aos alunos que não estão alfabetizados possuírem dificuldades para copiar do quadro. Então para estes alunos, apesar de ser matemática, passei a atividade no caderno e para minha felicidade os três alunos conseguiram efetuar os cálculos.
Alfabetizar uma criança é muito importante e marcante, e me lembrar como me alfabetizei foi trazer a tona boas lembranças, e como é importante construir uma relação afetiva com os alunos,pois. me lembrei com muito carinho da minha primeira professora e quando encontrei meu primeiro livro de leitura... Me veio a sensação de orgulho de ter ganhado aquele livro!
Meu primeiro livro:
Ao elaborar o vídeo sobre como me formei professora, foi preciso me reportar ao momento que decidi por essa carreira e como foi bom relembrar quais os motivos que me fazem permanecer. Alunos que retornam a escola não somente para matar a saudade,mas para dizer que estão felizes, que possuem planos para o futuro. Como é bom perceber que tu faz parte da vida de alguém! Que um pequeno gesto lá trás ainda marca a vida dessa pessoa.
Mas a memória é sempre carregada de subjetividade, olhamos para nossas lembranças com um novo olhar. Estas lembranças ajudam a constituir quem somos atualmente.
Na linha da memória a prof Ana Maria Rangel, trouxe novos elementos. Primeiramente nos lembrou,através de um texto em árabe, como é decodificar símbolos que não nos dizem nada. Esta atividade vou utilizar para explicar aos pais que ansiosamente comparam seus filhos a outras crianças.
Outras atividade aplicada pela professora foi a de encher a linha com palavras em árabe com o objetivo de nos levar a reflexão sobre nossas práticas. Confesso que no início da minha carreira muito fiz meus alunos encherem a linha com as vogais. Pobre crianças!
Hoje durante a aula me lembrei da fala da professora em relação aos alunos que não estão alfabetizados possuírem dificuldades para copiar do quadro. Então para estes alunos, apesar de ser matemática, passei a atividade no caderno e para minha felicidade os três alunos conseguiram efetuar os cálculos.
Alfabetizar uma criança é muito importante e marcante, e me lembrar como me alfabetizei foi trazer a tona boas lembranças, e como é importante construir uma relação afetiva com os alunos,pois. me lembrei com muito carinho da minha primeira professora e quando encontrei meu primeiro livro de leitura... Me veio a sensação de orgulho de ter ganhado aquele livro!
Meu primeiro livro:
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Refletindo um pouco sobre infâncias
Na noite de ontem teve inico mais uma inderdisciplina,Infâncias de 0 a 10, foi uma aula leve mas ao mesmo tempo provocativa. "Que tipo de infância estamos pensando, quando preparamos uma atividade?" esta foi uma das muitas perguntas feitas pela professora Fabiana. Este questionamento aliado as contribuições das colegas ao longo da noite, fizeram que eu refletisse um pouco sobre como é esta criança que integra minha turma?
Fiquei mais tranquila com a fala da professora em relação a passar um filme ou ler um livro sem ter um projeto pedagógico. Tenho lido diariamente para meus alunos,eles adoram e disputam o livro para reler, mas quando iniciei este momento de leitura as primeiras falas foram:
-Já sei tem que desenhar uma parte da história!
- Tenho que escrever sobre a história?
Assim como a leitura, apresentei um alguns gêneros musicais diferentes: música clássica , Bossa Nova. Claro que nem todos gostaram. Mas o importante é mostrar outras expressões de arte, não ficar previamente pensando que não vão gostar, que não vai dar certo... Como foi falado, ontem, não limitar as crianças.
Fiquei mais tranquila com a fala da professora em relação a passar um filme ou ler um livro sem ter um projeto pedagógico. Tenho lido diariamente para meus alunos,eles adoram e disputam o livro para reler, mas quando iniciei este momento de leitura as primeiras falas foram:
-Já sei tem que desenhar uma parte da história!
- Tenho que escrever sobre a história?
Assim como a leitura, apresentei um alguns gêneros musicais diferentes: música clássica , Bossa Nova. Claro que nem todos gostaram. Mas o importante é mostrar outras expressões de arte, não ficar previamente pensando que não vão gostar, que não vai dar certo... Como foi falado, ontem, não limitar as crianças.
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