Considero
muito importante a participação de meus alunos durante as aulas, gosto e
incentivo que tragam assuntos que estejam além dos conteúdos vistos no durante
as aulas. Segundo Libâneo:
[...] o professor não apenas transmite uma
informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e
cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O
trabalho docente nunca é unidirecional. (LIBÂNEO 1994, p.250)
Desta forma, no decorrer deste ano, em vários
momentos os alunos foram trazendo assuntos que estavam na mídia ou tinham
interesse, para serem discutidos. Na maioria das vezes, estes momentos ocorreram
em meio as explicações ligadas a História disciplina que tenho forte ligação e,
portanto, percebo que passo este interesse as crianças, facilitando um maior
dialogo e interação não somente comigo, mas com os colegas e até mesmo com
outros professores da escola. De acordo com Leite, Tassoni ( 2002 p. 124)
“[...]Nesse processo de inter-relação, o comportamento do professor, em sala de
aula, através de suas intenções, crenças, valores, sentimentos e desejo, afeta
cada aluno individualmente”
No
entanto, durante esta semana me questionei em relação ao debate em sala de
aula, não quanto a sua importância para a construção das opiniões, mas se não
tenho perdido o foco durante estes debates. A situação ocorreu durante a
explicação da Proclamação da República, alguns alunos começaram a perguntar e
quando percebi estava falando sobre outras questões, interessantes, mas que
desviaram o foco da aula e outras crianças acabaram se dispersando, não
perguntavam sobre nem sobre os assuntos trazidos pelos colegas nem sobre o
assunto inicial da aula, Proclamação da República.
Posteriormente
quando fui avaliar a aula comecei a
analisar estas questão o que me fez
recordar da fala da professora Luciane do Colégio de Aplicação da UFRGS, quando
os alunos trazem algo que foge ao tema ouvimos e solicitamos para que o aluno
guarde aquela pergunta para outro momento, isto não significa que a pergunta
será desconsiderada mas, que sim, haverá
outro momento para pesquisar ou conversar sobre ela.
Acredito que esse possa ser um dos caminhos para
manter o debate, mas também não desviar o foco do assunto principal, talvez em
outras situações semelhantes eu venha agir de forma diferente, fazer a
explicação para todos e depois conversar
com os alunos sobre questões que tenham interesse, em outros momentos faremos a
discussão de forma coletiva pois apesar de ter sido trazido por um aluno
trata-se do interesse de todos, pois,
segundo Paulo Freire(2000 p. “[...] A seriedade do diálogo, a entrega à busca
crítica não se confunde com tagarelice. Dialogar não é tagarelar”
Referências:
FREIRE, Paulo. À Sombra desta Mangueira São Paulo:
Editora Olho d’agua, 2000.
LEITE, S. A. S.; TASSONI, E.
C. M. A afetividade em sala de aula: as
condições de ensino e a mediação do
professor. In: Azzi, Roberta e Sadalla, Ana Maria. (Org.). Psicologia e
Formação docente. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002, p. 113-141.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
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