Durante nossa reunião, em
minha escola, começamos a discutir como nossos alunos se encontram em seu
processo de aprendizagem faltando menos de sessenta dias para o encerramento do
aluno letivo.
Posteriormente fazendo um
balanço da reunião e analisando não somente a produção de meus alunos como
também minhas anotações foi possível observar como todos tiveram um crescimento
em maior ou menor grau, em diversas aérea. Alunos que não interagiam e passaram
a conversar e a brincar com os colegas, outros que eram pré silábicos no início
do ano e até o mento estão silábicos. Para os padrões tradicionais do nosso
sistema de avaliação estes aspectos são irrelevantes, há um padrão estabelecido
que determina em que estágio do desenvolvimento cada criança deverá estar no
final de um ano letivo. Neste sentido Jussara Hoffmann (2008 p.35) afirma “O equívoco
da escola, decorrente das práticas classificatórias, está em transformar a
aprendizagem em necessária, obrigatória, em aprender sempre para alguma coisa:
para ir para a primeira série, para fazer a prova, [...]”
Desta forma, pensando em
algumas atividades desenvolvidas no decorrer desta semana, como uma produção
textual que as crianças se descreveriam enquanto carro, e as colocações em
relação ao vídeo sobre o trânsito me fazem refletir sobre como estamos
avaliando os nossos alunos, como muitas vezes uma avaliação equivocada pode
acarretar em graves danos para uma criança ou adolescente.
A construção do conhecimento
da aprendizagem é um processo, que sabemos que primeiramente, não ocorre ao
mesmo tempo e da mesma forma em todas as crianças, sendo assim, como ainda
continuamos avaliando todos nossos alunos da mesma forma?
Nas duas atividades
mencionadas acimas alguns alunos me surpreenderam, ao falarem para turma toda
suas observações e relações nas cenas retratadas no vídeo com as práticas que
observa no seu cotidiano. Assim como, um aluno que apesar dos avanços em outras
áreas ainda permanecia pré silábico até metade de outubro e durante a produção textual
demonstrou não somente um grande avanço em seu processo de aprendizagem como a
feliz de perceber este avanço, o que tem deixando-o muito entusiasmado para ler
os livros disponíveis na sala.
Sendo assim, a avaliação deve
ser um meio para que o professor possa saber quais as interferências que
precisam ser feitas, e não apontamentos dos objetivos não atingidos pelos
alunos, segundo Hoffmann ( 2008 p.31) “ [...] precisamos intensificar os
esforços na compreensão dos diferentes modos de aprender e na promoção de
melhores oportunidades para isso.) A avaliação deve ser compostas de todos os
atores do processo educativo, esse olhar que Jussara Hofmann se refere é decorrente das observações feitas por estes
atores que interagem com a crianças, e esta criança precisa saber não o que
errou mas ser ouvida sobre a maneira que pensou sobre determinada situação e
neste dialogo com o educador e com
outras pessoas fazer seus reflexões, e construir seus conceitos.
Referência:
HOFFMANN, Jussara. O jogo do
contrário em avaliação. Porto Alegre: Editora Mediação, 2008
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