domingo, 11 de novembro de 2018

Pensando a avaliação


Durante nossa reunião, em minha escola, começamos a discutir como nossos alunos se encontram em seu processo de aprendizagem faltando menos de sessenta dias para o encerramento do aluno letivo.
Posteriormente fazendo um balanço da reunião e analisando não somente a produção de meus alunos como também minhas anotações foi possível observar como todos tiveram um crescimento em maior ou menor grau, em diversas aérea. Alunos que não interagiam e passaram a conversar e a brincar com os colegas, outros que eram pré silábicos no início do ano e até o mento estão silábicos. Para os padrões tradicionais do nosso sistema de avaliação estes aspectos são irrelevantes, há um padrão estabelecido que determina em que estágio do desenvolvimento cada criança deverá estar no final de um ano letivo. Neste sentido Jussara Hoffmann (2008 p.35) afirma “O equívoco da escola, decorrente das práticas classificatórias, está em transformar a aprendizagem em necessária, obrigatória, em aprender sempre para alguma coisa: para ir para a primeira série, para fazer a prova, [...]”
Desta forma, pensando em algumas atividades desenvolvidas no decorrer desta semana, como uma produção textual que as crianças se descreveriam enquanto carro, e as colocações em relação ao vídeo sobre o trânsito me fazem refletir sobre como estamos avaliando os nossos alunos, como muitas vezes uma avaliação equivocada pode acarretar em graves danos para uma criança ou adolescente.
A construção do conhecimento da aprendizagem é um processo, que sabemos que primeiramente, não ocorre ao mesmo tempo e da mesma forma em todas as crianças, sendo assim, como ainda continuamos avaliando todos nossos alunos da mesma forma?
Nas duas atividades mencionadas acimas alguns alunos me surpreenderam, ao falarem para turma toda suas observações e relações nas cenas retratadas no vídeo com as práticas que observa no seu cotidiano. Assim como, um aluno que apesar dos avanços em outras áreas ainda permanecia pré silábico até metade de outubro e durante a produção textual demonstrou não somente um grande avanço em seu processo de aprendizagem como a feliz de perceber este avanço, o que tem deixando-o muito entusiasmado para ler os livros disponíveis na sala.
Sendo assim, a avaliação deve ser um meio para que o professor possa saber quais as interferências que precisam ser feitas, e não apontamentos dos objetivos não atingidos pelos alunos, segundo Hoffmann ( 2008 p.31) “ [...] precisamos intensificar os esforços na compreensão dos diferentes modos de aprender e na promoção de melhores oportunidades para isso.) A avaliação deve ser compostas de todos os atores do processo educativo, esse olhar que Jussara Hofmann se refere  é decorrente das observações feitas por estes atores que interagem com a crianças, e esta criança precisa saber não o que errou mas ser ouvida sobre a maneira que pensou sobre determinada situação e neste dialogo com o educador e com  outras pessoas fazer seus reflexões, e construir seus conceitos.

Referência:
HOFFMANN, Jussara. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Editora Mediação, 2008


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