domingo, 3 de junho de 2018

O ato de ler


   Sempre é muto enriquecedor ler  os textos de Paulo Freire e a cada releitura novos questionamentos vão surgindo sobre o nosso papel no processo de alfabetização de nossos alunos, sejam eles, crianças ou adultos.
   O ato de ensinar a ler vai muito além de decifrar letras e palavras, mais do que nunca atualmente precisamos que nosso alunos tenham uma "leitura de mundo" e isto significa que eles sejam capazes de ler as entrelinhas  interpretar o cenário em que tais palavras estão sendo ditas ou escrita. E isto somente será possível se trabalharmos com nossos alunos partindo não somente de sua realidade mas das problemáticas que trazem para a sala de aula.
  Paulo freire falava da inconsistência de ensinar um adulto a ler partindo de elementos que eram totalmente estranhos a sua realidade,através de frases que repetiam mas eram esvaziadas de significado,pois, as cartilhas falavam de um Ivo e de uvas que eles não conheciam. Como dizia Paulo Freire não se pode exigir que após um dia inteiro de trabalho, seja na rua ou em casa, a escola  imponha a este aluno sua cultura
   Chegar a fase  adulta sem estar alfabetizado simboliza a  exclusão social tão presente em nosso país é negar ao cidadão os seus direitos, por este motivo trabalhar com temas geradores possibilita que o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, pois  o tema escolhido estará relacionado com suas dificuldades, suas expectativas e portanto repleto de significado.
    Muitas vezes utilizamos palavras com nossos alunos que são estranhas ao seu cotidiano e muitas vezes até mesmo ao nosso, no entanto, quando construímos com nossos alunos um projeto que vai ao encontro de seus interesses a aprendizagem ocorre de forma prazerosa e mais intensa, pois tudo o que estão pesquisando está relacionado com seu cotidiano ou com suas expectativas.
     Para um maior aprofundamento sobre  esse tema sugiro a leitura de: 

FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 6ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. p.89-101.  


Um comentário:

  1. OI Ana, tudo bem?Também sou fã do Freire, parabéns pela postagem de reconhecimento à contribuição dele, minha pergunta é, como você poderia exemplificar, através de sua prática essa "dialogicidade" em ação? Fiquei curiosa. Bjão

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