domingo, 24 de setembro de 2017

Que tipo de exemplo, nós somos?



     Muito se tem falado no decorrer deste curso, que precisamos tornar nosso aluno crítico, um sujeito autônomo capaz de escrever sua própria história atuando e modificando a sociedade no qual  está inserido. vivemos um momento turbulento em relação a valorização do professor, valorização esta que não se resume a questões salariais.
    Novamente os professores estaduais estão em greve,no entanto esta se difere de tantas outras greves que  já foram construídas ao longo das últimas décadas .O  grande diferencial desta, é que não reivindicamos aumento salarial e sim um direito básico o de receber nosso salários, que alias não tem reajuste a dois anos e de forma integral.
   Ao longo das décadas acompanhamos a desvalorização da educação e consequentemente do professor, os índices de desempenho da educação estão baixos?  Culpa do professor que é despreparado, não se atualiza. Ouvimos estas afirmações entre outras e nos calamos. A grande pergunta seria que condições os professores tem para trabalhar?  As condições são as mais precárias possíveis, salas de aula lotadas e sem estruturas, devido aos baixos salários muitos professores precisam trabalhar três turnos ou encontrar meios alternativos para sobreviver.Portanto, em que momento do dia ou com que recursos os professores vão se atualizar?
  Acredito que nós somos a respostas  e assim como nós, muito professores buscam tempo e recursos de seus próprio bolso para se atualizar e melhorar seu trabalho de maneira que seu aluno seja um sujeito, como foi dito anteriormente, autônomo.  Precisamos romper com ideias que permeiam não somente o pensamento da sociedade como infelizmente de muitos professores, magistério não é sacerdócio  o que justificaria  para muitos, mesmos que inconscientemente,  os baixos salários. 
  Precisamos nos conscientizar que somos profissionais da educação, nos preparamos assim como o fazem o um médico ou um advogado, que por questões culturais são chamados de doutores, mesmo antes de fazerem o doutorado, enquanto nós, somos as tias, as cuidadoras das crianças enquanto os pais estão trabalhando. Muitas de nós até acham graça quando nos perguntam o que tu faz além de dar aula? 
 O que responder para um aluno atualmente, quando ele fala " Poxa eu este mês ganhei mais que tu" ou para uma mãe, "- Tu veio trabalhar por esta mixaria! Eu não viria." Enquanto não percebermos que somos profissionais e merecemos ser tratados com respeito, nossos direitos serão dia-a- dia violados, e  perderemos a credibilidade com nossos alunos e suas famílias, como formar um aluno crítico se o próprio professor não assume seu papel de agente histórico? 
 Devemos parar e refletir sobre o nosso papel na sociedade, em frases como "nós formamos todos os profissionais que ai estão  e por isto merecemos respeito" Na minha opinião é somente um lado do papel do professor, mais que formar profissionais, formamos pessoas, não escolhemos ser professor por gostar somente da profissão, escolhemos por que vislumbramos na educação um fator de mudanças.
 Cada um tem o direito de se posicionar perante a greve e este direito deve ser respeitado, mas a reflexão de como cada educador é tratado se faz necessário, respeito não se impõe se conquista!






domingo, 17 de setembro de 2017

Direitos respeitados



   Estudando um pouco a respeito sobre como as pessoas com necessidades especiais foram e ainda são tratadas em nossas sociedades,assim como, a forma que o Movimento Político  das Pessoas com Deficiência  se organizou no Brasil ,nos leva a refletir o quanto ainda temos um longo caminho a percorrer no sentido de garantir o direito e a dignidade a todos que não se encaixam nos padrões que foram culturalmente construídos.

    Todos nós concordamos  que  o preconceito  deve ser combatido em nossa sociedade.No entanto quando vemos  que para fazer cumprir a lei é necessário muita luta e sofrimento, percebemos que infelizmente as pessoas não são tratadas da mesma forma.O desrespeitar as pessoas por serem diferentes nos mostra o quanto ainda temos que aprender sobre respeito.

    Se formos pensar somente no universo escolar, quantas leis existem mas ao mesmo tempo quantas são cumpridas? A lei 13146, que trata da inclusão,em seu capitulo IV normatiza o direito a educação nos diferentes níveis,entre seus artigos destaco o artigo  28. Este artigo incumbe o poder publico de assegurar,criar, desenvolver,implementar incentivar,acompanhar e avaliar o sistema de ensino inclusivo,por exemplo,a igualdade de condições  das pessoas portadoras de necessidades especiais a jogos,atividades recreativas [...] no sistema escolar (inciso XV), em outros incisos este artigo trata da formação de professores, a oferta de profissionais de apoio e de materiais, entre outros aspectos.

   As determinações acima apontadas,entre outras, visam o pleno desenvolvimento dos alunos com deficiências e sua permanência no ambiente escolar. Mas infelizmente o que vivenciamos nas maiorias das escolas ,são os profissionais sem nenhum apoio,assim como as famílias, as informações necessárias para se desenvolver um bom trabalho em muitos casos são custeadas pelo próprio profissional.Deste modo, a escola não está plenamente adequada para exercer seus compromissos com estes alunos.

    Apesar das leis garantem o acesso e a permanecia destes alunos na escola,contudo muitos não conseguem passar da primeira etapa, ou seja, diagnosticar seus filhos. As reivindicações dos portadores de necessidades especiais deve ser a mesma nossa,respeito as diferenças, no vídeo acima citado,uma frase fica para a reflexão não somete sobre o movimento de pessoas com necessidades especias mas de todas que por algum motivo sofrem com ao preconceito "[..] O ideal seria que a sociedade fosse um único movimento a favor de todas as pessoas."   




domingo, 10 de setembro de 2017

Conectados mas isolados?


    Nesta semana nos foi colocado como tema de discussão  a relação da comunicação e o ser humano na atualidade, para refletirmos sobre este tema,assistimos o vídeo, do historiador Leandro Karnal. que no decorrer de sua fala  registra algumas situações e modificações no comportamento da maioria da população frente ao avanço das redes sociais.
    Realmente não podemos comparar nossa geração com a atual, o mundo se modificou e consequentemente  as relações, sejam no, âmbito profissional ou pessoal. Atualmente todos nós estamos conectados ao mundo virtual, mesmo que nosso único contato seja por meio de aplicativos de celulares.
 Acredito que a grande questão que é clocada pelo o historiador reside na questão de apesar de estamos conectados  cada vez estamos mais solitários. Compartilho desta opinião o que vemos são pessoas expondo suas vidas na rede, onde aparentemente todos são felizes, estão fazendo alguma coisa supre interessante, em contrapartida fica a expectativas de quantas curtida teve a postagem , o que foi comentado, e principalmente o que está acontecendo que estou perdendo?  E como resposta a está pergunta perde-se muito tempo olhando a vida alheia, preocupando em acompanhar  um ritmo alucinante de informações.
  Penso que não se tata de banir as redes sociais, uma vez que estas fazem parte da nossas vidas, talvez seja como a utilizamos, uma vez ouvi uma frase em um filme que dizia "use o dinheiro, não se deixe ser usado por ele", e esta frase poderia ser bem aplicada em relação as redes sociais.
   Precisamos encontrar o equilíbrio,pois, estamos cada vez mais conectados, recebemos noticias de amigos e acontecimentos que muitas vezes estão até mesmo em outro continente, mas quanto tempo dispensamos para aquele amigo que mora na mesma rua? Estamos tão ocupados curtindo o mundo virtual, que esquecemos como  é  enriquecedor  sentar em uma cafeteria e trocar ideias com um velho amigo. Saber o que acontece ao nosso redor é importante, mas vivenciar as situações nos possibilita crescer, formar opiniões. 


     
 

domingo, 3 de setembro de 2017

Brincadeiras x preconceito no ambiente profissional




  Em nossa primeira aula de Questões Étnico- raciais na Educação: Sociologia e História, fomos estimuladas a pensar sobre situações de preconceito pelas quais passamos. Foi interessante perceber que a maioria dos presentes em aula em algum momento da vida sofreu ou sofre  com atitudes preconceituosas

   Muitas destas situações  não são nomeadas como de fato o são, nos indignamos mas não nos consideramos alvo de atitudes preconceituosas, principalmente no ambiente escolar. O que dizer das colocações dos professores dos Anos Finais em relação aos colegas dos Anos Inicias? Como disse, não gostamos das colocações mas, como nos colocamos diante destes colegas?

  Esta situação é muito frequente em minha escola,no entanto, refletindo sobre esta situação percebemos que o nosso posicionamento esta errado, demostramos que não gostamos, mas o que ouvimos  são respostas  condescendentes  do tipo: -" Ah, sei sei que deve ser difícil! "  "- Eu não saberia trabalhar com os pequenos".... Ou seja, o preconceito ainda está presente.

   Há uma linha muito tênue entre brincadeira, colocações consideradas inocentes e declarações preconceituosas. Deste modo, precisamos estar muito atentas para não sermos tolerantes com situações nos causam  de algum modo   insatisfação como profissional.  E para que ocorram mudanças é necessário que tenhamos consciência  que não se tratam de visões diferentes sobre a nossa realidade, o que está sendo menosprezado é a nossa escolha em trabalhar com Anos Inicias,é nossa capacidade profissional e intelectual muitas vezes, portanto,  o respeito em relação ao Magistério deve iniciar dentro de nossas escolas.