domingo, 25 de junho de 2017

Escola: qualidade e permanência


         No decorrer destas últimas décadas tem aumentado o debate em torno da educação no Brasil, tanto no quesito qualidade quanto em relação aos investimentos e gestão nesta área. A sociedade como um todo reconhece a importância da educação para o desenvolvimento social do pais, a melhoria na área da educação é parte obrigatória no programa de todos aqueles que desejam se candidatar algum cargo público.
         Assegurada na Constituição Federal de 1988 a educação é um direto social, portanto deve ser ofertado pelo Estado, no entanto também passa a ser, a partir de então, uma obrigatoriedade da família que assume o papel não somente de levar seu filho a escola como de garantir sua permanência na instituição.  Deste modo ,a escola, família, estado e sociedade em geral devem primar  pelo compromisso de ofertar uma educação de qualidade e assegurar a permanência deste aluno na escola.
      Em termos de investimentos cada ente federativo tem um percentual que é de sua responsabilidade.  No entanto ao mesmo tempo que são criados canis de investimentos, em termos político  econômico nas últimas décadas as ideias neoliberais tem permeado também o sistema educacional, ou seja, o estado tem buscado passar suas responsabilidades  à iniciativa privada, e ao terceiro setor. Organizações financeiras impõe metas para o desenvolvimento de um pais, entre estas está a elevação dos índices da educação, mas, ao mesmo tempo exige um estado mínimo, em que o estado seja um fiscalizador e não um investidor.
   Mas apesar das medidas neoliberais o governo federal tem elaborado programas que tem por objetivo a melhoria da educação, mas, ao mesmo tempo, muitos destes   impõe e interferem não somente na gestão da escola como na prática em sala de aula e na participação da comunidade escolar em todo o processo escolar tanto no aspecto pedagógico quanto na administrativo. Segundo DOURADO,2007, p 926   “Vivencia-se, no pais, um conjunto de ações, de modo parcial ou pouco efetivo, sob a ótica da mudança educacional, mas que , de maneira geral, contribui para desestabilizar o instituído, sem força política para instaurar novos parâmetros à pratica educativa.”
      Programas como Plano de desenvolvimento da Escola (PDE), Dinheiro direto na Escola, entre outros tem em sua base o investimento para melhoria da educação. No entanto, tais programas, como o PDE, por sua natureza acabam impossibilitando uma real participação da comunidade escolar e uma gestão democrática. A partir do momento em que se abrem nas escolas espaço para serem implementado programas que tem por objetivo corrigir a defasagem idade/ano, em que   o diferencial de  é como o programa é estruturado, ou seja, o professor são engessados dentro de uma estrutura de passos a serem seguidos para que haja um melhor rendimento na avaliações  externas e que desconhecem a realidade de cada localidade e portanto não está de acordo com o projeto político pedagógico da escola. Nestes casos, o que importa são os índices a serem atingidos, apesar de haver uma parceria entre o estado e o organizador destes projetos, a responsabilidade pela formação dos educadores, pela organização de material e o andamento do processo deixa a esfera estatal para a esfera privada.
     Falar em qualidade na educação está além do aumento de índices em avaliações, avaliações estas, muitas vezes externas, e portanto, sem o conhecimento da realidade escolar. Pensar em qualidade significa ter metas claras em relação ao cidadão que pretendemos formas, possibilitando a este aluno o acesso à cultura historicamente produzida.  Uma educação com qualidade passa por uma gestão democrática, em que os gestores estão cientes de seus deveres enquanto administrador, mas ao mesmo tempo reconhece a importância da participação da comunidade, seja ela direta ou através de seus representantes.

       Fatores  intra-extra escolares  influenciam a permanência do aluno na escola e na qualidade da educação. Em alguns casos os investimentos e os programas buscam a melhoria da educação, reconhecendo e financiando a formação de professores, por exemplo. Uma vez que estes precisam se apropriar não somente de questões pedagógicas como de gestão, conhecendo e assumindo sua responsabilidade enquanto membro de uma comunidade escolar, que por suas especificidades não tem como encaixar-se em programas em que as aulas vem prontos. Se faz necessário que ocorra uma tomada de consciência por parte de todos os envolvidos no processo para que as diretrizes sejam claras e condizentes com o meio social em que a escola está inserida. Oferecer uma educação de qualidade passa obrigatoriamente por este reconhecimento, da mesma forma,  que os investimento devem tornar a escola um espaço social em que a educação baseia-se não somente na troca e construção do conhecimento, mas oportunizar aos alunos principalmente de escolas públicas as mesmas oportunidade dedas classes mais abastadas, ou seja, a escola precisa estar conectada a realidade mundial ,mas ao mesmo tempo reforçar os laços com a comunidade em que a escola está inserida, criando um sentimento de pertencimento neste aluno que consegue vislumbrar na escola uma possibilidade de modificar sua realidade e consequentemente do seu meio.

domingo, 18 de junho de 2017

A construção da participação na educação


   Muito se tem falado da participação da sociedade civil  em todo as as esfera do país, seja ela incentivando uma maior engajamento político,seja incentivando  iniciativas a través de organizações não governamentais. O fato que é que enquanto sociedade devemos    não assumir o papel do estado em questões sociais , mas tomar posse de nossa posição de cidadão, ou seja, participar ativamente da vida de nosso pais.
   Em relação a educação, este participação ainda é muito tímida, os pais não conseguem, em sua maioria, se perceberem parte de todo o processo educacional, não somente de seus filhos mas da sociedade em geral. Para muitos a participação resume-se a somente ir a na escola pegara as avaliações  ou comparecer quando solicitado pelo professor de seu filho.
   No entanto, devemos refletir que educação desejamos a todos,segundo o artigo 6º da Constituição Federal, a educação é um direito social isto implica que todos na sociedade devem zelar pela educação, é dever do Estado garantir todos na escola, mas também é dever da família e da sociedade, não somente garantir este acesso mas que todos tenham uma educação de qualidade.
    Para que todos tenham aceso à educação e uma educação de qualidade é necessário que a comunidade se engaje   no processo educacional do  país. Se a educação é a chave para a transformação social, não poderá haver distinção entre a educação destinada a elite com conhecimento de todo patrimônio cultura, embasamento técnico, enquanto para os filhos da camadas mais populares a educação se resume  a somente ao básico, uma preparação ao mundo do trabalho. Deste modo a educação estará sendo transformadora ou reafirmando o status quo?
   Neste sentido se faz necessário, que os pais se conscientizem da importância dos conselho, tanto o escolar, como de educação  na função não somente de normatizar, como de fiscalizar  as diretrizes da educação tanto na esfera escolar como estadual/municipal. O conselho escolar é um órgão de suma importância dentro da escola, através dele se pode não somente garantir que o PPP que coletivamente foi construído está sendo  desenvolvido, como participar das decisões que envolvem a escola do filho como um espaço social em que os saberes não somente os formais como os individuais são considerados para a formação do aluno tornando -o capaz de transformar sua realidade social, sendo um sujeito crítica consciente de seus direitos e deveres.

domingo, 11 de junho de 2017

Refletindo sobre o Projeto Político Pedagógico

  Nesta semana um  o tema abordado pela interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, foi a construção  e a importância do Projeto  Político Pedagógico ( PPP) para a organização de uma escola e de toda a comunidade escolar.
    A imagem acima ilustra muito bem os componente que precisam fazer parte da construção  do PPP de uma escola. Cada escola possui suas especificidades decorrentes da comunidade que está inserida e do perfil da sua comunidade escolar; professores,pais,alunos,... portanto uma das primeiras etapas neste processo de elaboração é a elaboração  do diagnóstico da realidade da escola,deste modo é impossível buscar um modelo de outras escola para adaptar a sua realidade.

      Todos que participam deste processo precisam estar cientes da sua importância ,assim como, do resultado do diagnóstico para que as metas propostas partam da da necessidades de todos os atores envolvidos no processo. No Projeto Político Pedagógico precisa ficar claro a quem se destina este projeto, quais são os caminhos a ser seguidos e principalmente que aluno desejamos formar

  Por este motivo, é necessário que pais, alunos e professores sejam ouvidos para que se reconheçam no projeto, que se sintam co-produtores e portanto estão comprometidos com a sua execução.
   Outro ponto importante  a ser considerado na elaboração do PPP, é ofato dele não ser um projeto fechado, ou seja, precisa ser revisto e estar acessível a todos  na comunidade escolar afim de se observar se ela ainda atende as necessidades daquela comunidade e se o que está escrito nele está sendo colocado em prática por toda a comunidade escolar.

domingo, 4 de junho de 2017

Novas diretrizes

 
   Nas última décadas a educação no Brasil  tem passado por transformações que segundo seus idealizadores teriam como objetivo a melhoria na educação brasileira, aumentado os índices ,principalmente no que se refere a alfabetização. Em um primeiro momento se estabeleceu o bloco de alfabetização, por este princípio nos três primeiro anos do ensino fundamental a criança não reprovaria, pois, compreendendo que a alfabetização é um processo e portanto cada criança teria seus tempo, teoricamente a criança completaria seu processo de alfabetização ao final do terceiro ano, isto significaria que quando inicia-se o quarto ano as crianças já seriam capazes de ler e interpretar um texto, compreendendo a função da escrita e da leitura, cabendo ao anos seguintes um aprofundamento tanto na leitura e na interpretação quanto em relação a ortografia e gramática.
   No entanto, o que se mostrou no ano seguintes foram que as crianças chegavam ao terceiro ano com muitas lacunas,muitas estavam na etapa inicial de seu processo de alfabetização, cabendo ao terceiro ano sanar todas as dificuldade, resultado altos índices de reprovação no terceiro ano, criança com dificuldades tanto na leitura quanto na interpretação nas séries seguintes. Diante deste quadro o governo lança mão de um programa que visava auxiliar os professores dando um suporte técnico  e teórico para que as dificuldades em relação a alfabetização fossem sanadas. Mas,  não houve um diferencial nos dados tanto em relação aos números de reprovação tanto nas dificuldades que a maioria das crianças enfrentam no bloco de transição ( 4º ano e 5º ano), sendo, assim, novas regras estão sendo propostas  como uma base curricular comum e a  reprovação no segundo ano.
  Neste sentido devemos parar e refletir se isto não melhorar os índices de reprovação e no domínio da leitura e da escrita, retornaremos a reprovar no 1º ano? Será o que o problema está em reprovar e em qual ano isto deve ocorrer? Acredito que que a questão não é esta, percebo que o problema está muito além, disto, passa pelo fato do desinteresse das famílias na vida escolar de seus filhos, na maneira como eles veem a educação. Como oferecer uma educação de qualidade com escolas sucateadas? Nossos recursos são muito poucos e quase sempre os parcos recursos que possuímos são produzidos por nós, muitos de nossos alunos precisam de atendimentos especializados e os que procuram estes recursos esbarram na pouca oferta pelo sistema único de saúde.
 Deste modo,  os precisamos de reformas profundas na maneira que desejamos conduzir a educação no Brasil, mudar as leis só mudam os problemas de lugar.