domingo, 17 de julho de 2016

Parada estratégica

   Chegamos ao momento do semestre que paramos para refletir sobre o semestre que está se encerrando. A elaboração da síntese  envolve revisar não somente os textos lidos ao longo das disciplinas como também  a influencia destes em  minha prática na  sala de aula,na maneira de ver o outro e os processos que envolvem a educação.
   Este eixo foi basicamente voltado para disciplinas muito práticas. Todas as disciplinas que vimos até agora contribuíram de alguma forma para mudarmos nossa prática em aula ou para compreendemos melhor como a educação se estruturou no decorrer do tempo. No entanto as disciplinas deste semestre nos possibilitaram colocar em prática quase em tempo real o que liamos ou praticávamos em nossas aulas presenciais,como por exemplo, a brincadeira do Terremoto  e Escravos de Jó feitas na aula de Ludicidade, deste modo foi um semestre muito proveitoso  do ponto de vista do enriquecimento de minha prática e do embasamento fornecido ao meu proceder em aula.
   Agora é colocar todo este conhecimento adquirido no papel, elaborar a apresentação que agora já assume contornos mais acadêmicos,minhas impressões estarão colocadas neste processo,mas o enfoque deverá estar mais voltado para os conceitos trabalhados pelas interdisciplinas neste primeiro semestre.

                                             

     

domingo, 10 de julho de 2016

Festa Junina

  Ontem como culminância de quinze dias de atividades realizadas no formato de gincana,  ocorreu em minha escola a Festa Junina. Durante o período que antecedeu a festa, os alunos foram motivados a participarem de várias provas que incluíam desde trazer doações para a escola até prova práticas envolvendo conhecimentos e atividades físicas.
    A gincana junina e a expectativa da festa, movimentaram a nossa escola,principalmente, as provas físicas. E na realização destas pude, novamente constatar como nossas crianças precisam realizar não somente as atividades esportivas como exercitar o brincar.Brincadeiras simples como fazer uma batalha de bolinhas em que  deveriam  pegar a bolinha e jogá-la novamente para o campo adversário era quase uma missão impossível para alguns alunos.
    Diante desta observação, fica pra mim mais evidente a necessidade de continuar trabalhando com jogos e brincadeira com meus alunos. Estas atividades além de prazerosa para as crianças, me permitem trabalhar conceitos que de outra forma seriam desinteressantes e teriam pouco alcance, como por exemplo, a honestidade necessária quando se está jogando. 
      Apresentei, em forma de roda, com minhas turmas a  música Escravos  de Jó. Eles gostaram muito não somente de dançar como de fazer a brincadeira com os copos, que em um primeiro momento foi bem complicado,porque eles passavam o copo muito rápido, como se fosse ser penalizado que estivesse com o copo. Mas depois de alguns copos estraçalhados,pois fiz com copos descartáveis, conseguiram realizar a atividade inclusive sem a música. Já estamos juntando copos mais resistentes para que possamos fazer esta e outras brincadeiras.

domingo, 3 de julho de 2016

Era uma vez...

 Os clássicos contos de fadas com suas histórias cheias de magia,cavaleiros e reinos distantes onde princesas em perigo aguardavam pacientemente que seu príncipe viesse resgata-las povoaram nossa infância e pelo menos no meu  caso,  a infância dos meus filhos também.Lembro que minhas filhas ficavam apavoradas e ao mesmo tempo encantadas com a cena da bruxa fugindo na chuva dos setes anões.
   No entanto, nos últimos tempo os contos de fadas tornaram -se alvo do politicamente correto  e seus enredos começaram não somente a ser questionados como tiveram algumas adaptações que segundo Ana Maria Machado, eram resultado da "arrogância e ignorância " por parte daqueles que que desconheciam que no mundo da literatura "não se lê literalmente".
  A autoria dos contos de fadas não é conhecida uma vez que sendo,segundo alguns historiadores, obra de artistas populares e  por um longo período não haviam registros escritos desta histórias,ou seja, cada pessoa que contava colocava mais um elemento na história. Mas muitos destes contos estão relacionados com a passagem da idade infantis para a fazer adulta e todas as inquietações desta fase. 
   Certamente muitas coisas mudaram em termos sociais e principalmente em relação ao papel da mulher na sociedade atual.Mas isto não significa que os contos tornaram-se ultrapassado e desatualizados, a esperança de que apesar das coisas não estarem saindo conforme o planejado não significa que está tudo perdido. Se hoje a mulher não espera que um príncipe venha salvá-la, nossas crianças muitas vezes não tem sido poupadas de fatos que anida não possuem maturidade para compreender.Isto não significa criar as crianças num mundo de fantasia e magias mas sim, levá- los a outro universo ,fazendo que possam ver mais que as circunstâncias,pois como segundo Ana Maria Machado,

                         "Essas histórias sempre funcionam como uma válvula de escape para as aflições da alma    infantil e permitiram que as crianças pudessem vivenciar  seus problemas psicológicos de modo   simbólico,saindo mais felizes dessa experiência."
  Atualmente muitos autores tem se inspirado nos contos de fadas para trazer para o universo infantil outras questões que também tem sido pertinentes nestes novos tempos,nestas histórias as princesas buscam soluções para seus problemas,enfrentam e dominam o medo  e questionam o papel que lé destinado a elas socialmente.Pois novas questionamentos vão surgindo,outras barreira precisam ser derrubadas.
     Portanto, podemos e devemos trabalhar com os clássicos contos de fadas e paralelamente utilizar estas novas versões, o lúdico e a literatura devem permear nossas aulas, através de filmes, do contato com os livros e até mesmo com a música como demonstrou a professora Ivany ao trabalhar conosco a cantiga  A linda Rosa Juvenil. Confesso que nunca tinha visto esta cantiga como uma narrativa literária, a experiência foi muito interessante.

  As imagens abaixo mostram  o universo dos personagens dos contos de fadas, a esquerda os clássicos como Branca de Neve, Cinderela. A direita uma representante das novas princesas Merida, que não se conforma com o destino reservado a ela pelas tradições e busca mudar seu destino.










Referência: MACHADO, Ana Maria.  Como e por que ler os clássicos universais desde cedo: Encantos para sempre.