domingo, 24 de abril de 2016

Música: uma forma expressão!


     O ser humano se utiliza de inúmeros meios para expressar seus sentimentos  e ideias.Alguns utilizam-se da escrita para produzir belas histórias ou suscitar questionamentos sociais ou pessoais.Outros  se expressam através de pinturas ou instalações.
    Mas no meu ponto de vista a voz é um meio democrático de expressão.Quantas vezes falamos com uma pessoa ao telefone e mesmo sem ver seu rosto podemos imaginar como ela está se sentindo? Mas pouco refletimos sobre o seu papel na  manifestação de nossos
pensamentos ou emoções.
    Através da música os sentimentos afloram de forma mais natural e às vezes inconscientemente.Particularmente a música,assim como  o perfume, é capaz de me transportar para uma época,reviver sentimentos. Ouvir Oceano, na voz de Djavan me remete muito especial de minha vida.Assim como,não consigo ficar impassível ao ouvir Leon Gieco cantando La Memoria.
    Trabalhar com música,exceto as infantis,em sala de aula não é uma prática habitual para mim.Mas interessante pensando sobre este assunto agora, que as experiências que tive envolvendo outros gêneros musicais em aula foram muito satisfatórias, já trabalhei Bossa Nova e em um ano quando estudávamos  sobre os movimentos da Terra levei para os alunos escutarem  As  quatro estações de Vivaldi, lógico que não morreram de amores mas também não detestaram e,principalmente, conseguiram através da música  perceber o que o compositor queria dizer sobre cada estação do ano.
   Penso que muitas vezes acabamos nos acomodando trabalhando as mesmas músicas, da mesma maneira, e esquecemos que temos o dever de mostrar outras formas de ver  e sentir o mundo. Neste sentido a interdisciplina  de  música será muito proveitosa, iremos rever conceitos e principalmente, pelo que tivemos na primeira aula, alguns preconceito serão derrubados. Vamos cantar sem medo ou culpa!


 "Depois do silêncio,o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música"

 Aldous Huxley


domingo, 17 de abril de 2016

O prazer da leitura

      Ler um livro é uma experiência  única, a cada página virada uma nova situação a ser descoberta. O grande prazer da leitura é  no meu ponto de vista imaginar os personagens, cenários e cheiros. É  impossível ler Érico Veríssimo e não visualizar os ipês roxos, a rua dos Andradas  ou sentir o cheiro de pão  recém assado. Um bom livro nos  transporta para outros lugares, outras épocas, nos possibilita vivenciar sentimentos e situações utilizando somente a imaginação, vibramos ou sofremos conforme a história vai se desenrolando.
      Conforme o hábito da leitura vai se consolidando em nossa vida, vamos descobrindo qual o gênero que mais nos agrada e  elegendo escritores favoritos. O hábito de ler vai sendo construido ao longo da nossa vida, vamos visitando alguns gêneros até encontrar aqueles qua mais nos agradam. E esta aventura pelo mundo da literatura muitas vezes começa sendo imposta na escola.
     Sendo assim, devemos propiciar aos nossos alunos contato com gêneros literários diferentes para que conhecendo-os possam escolher aqueles com  que mais se identificam. O incentivo a leitura na escola deveria propiciar, principalmente. o prazer do ler pelo ler, pelo simples prazer de viajar pelas páginas de um livro, folha-lo e quando o livro é novo.... sentir o seu aroma.
    Ler para uma criança  exige uma preparação anterior que começa muito antes da escolha do livro,ela se inicia pela paixão  do professor pelos livros. As crianças percebem no professor quando ele está convicto do que está falando e isto é que vai lhe dar credibilidade diante dos alunos.
   Em algumas situações  partimos de um livro para tocar em uma temática que se faz necessário trabalhar com a turma, como por exemplo, o preconceito racial. Através da literatura podemos não somente  falar da escravidão e suas consequencias sociais como também podemos auxiliar nossos alunos na construção de sua identidade, conhecer uma cultura e respeitar suas diferenças é essencial para acabar com o preconceito,principalmente aquele que ocorre de maneira velada,sendo portanto, mais difícil de ser identificado  e combatido.
 

domingo, 10 de abril de 2016

Felicidade na escola


      Em nossa primeira aula presencial de ludicidade, colocamos em prática alguns jogos  que de acordo com as professoras Tania e Darli poderíamos aplicá-los com nossos alunos.
      No decorrer desta semana fiz com minhas turmas  as duas atividades praticadas por nós em aula. A primeira foi Terremoto, essa brincadeira assemelha-se com algumas variações  ao coelhinho sai da toca e a outra foi conte até 8, fiz esta adaptação por serem crianças de segundo ano,originalmente a contagem vai até 10.
    A turma da manhã inicialmente estavam gostando da brincadeira do terremoto,mas  depois de três trocas uma menina já quis sair da brincadeira e logo em seguida um menino que o colega havia pisado no pé foi sentar. Já na turma da tarde  foi um sucesso eles adoraram ficaram cansados mas se divertiram. Na brincadeira conte até oito as duas turmas gostaram bastante, mas a da tarde vibrava mais, e logo acharam uma estratégia para contar até 8 sem ter que recomeçar.
    Refletindo sobre a aplicação destas duas atividades, me chamou a atenção como crianças da mesma faixa etária podem ser diferentes. A turma da tarde é mais leve, entram no clima da brincadeira seja no pátio ou na sala. Já na turma da manhã  tenho  a impressão que não sabem brincar, de serem espontâneos.
     E a situação deles novamente me remeteu a aula de segunda feira em que a professora Darli comentou que não é no primeiro jogo que os problemas vão ser solucionados ou que devemos desistir por que um jogo não deu certo. Portanto, vou continuar jogando e trazendo brincadeira diferentes para fazer com eles.
  Penso que   um dos nossos desafios enquanto educadores, é o de  despertar em nossos alunos a alegria de pesquisar, estudar, enfim, construir o seu conhecimento em parceria com professores e colegas.  Tornando o ir à  escola sinônimo de alegria, de descobertas.



domingo, 3 de abril de 2016

Inquietações

       Uma das questões que tem inquietado nestes últimos, refere -se ao primeiro ano. Tenho trabalho nestes últimos anos com o segundo ano, e tenho observado que a cada ano eles estão  menos preparados, pelo menos é esta a realidade da minha escola.
       Neste ano fiquei muito apreensiva,pois, mais  de cinquenta por cento dos meus alunos encontram-se no nível pré-silábico 2. Tenho claro que o processo de alfabetização pode ser concluído até o terceiro ano.No entanto, penso que  no terceiro ano  o professor trabalharia mais a ortografia, consolidando a alfabetização. Mas, o que temos visto é um alto índice de repetência  ou de crianças avançando  com defasagens que consequentemente as prejudicam nos anos seguintes.
       No que se refere a este ano  especificamente, fico pensando como estas crianças chegaram na escola para avançarem tão pouco. Tenho  buscado respostas, mas as que obtive, referem se ao tempo que eles tem para se alfabetizar e da falta de um consenso sobre a questão de alfabetizar ou não no primeiro ano. No meu ponto de vista  alfabetizar deve ser um  dos objetivo do primeiro ano, o processo  terá um tempo diferente para cada criança,mas o trabalho deveria ser  baseado na ludicidade focando a alfabetização.
     Segundo  Emilia Ferreiro  as crianças não pedem permissão para aprender e nem esperam ter um professor em sua frente par que isto ocorra. Dessa forma, o que nos falta para que estas crianças consigam se alfabetizar no primeiro ano?
     Frente a estas dúvidas, penso que  nos cursos de pedagogia a cadeira de alfabetização deveria ter um aumento de carga horária .  Há muitas teorias sobre o assunto,em cada uma delas há pontos negativos e positivos,e o sucesso do método vai ser resultado direto da segurança do professor em aplicá-lo. Segurança esta, que resulta não somente de leituras mas, de discussões mais aprofundadas  com um maior embasamento teórico e estas discussões são propiciadas dentro de  um ambiente acadêmico.