domingo, 4 de dezembro de 2016

Curiosidade que move o mundo

      A curiosidade é uma das motivações que levam a pesquisa e consequentemente as descobertas. Criança é naturalmente curiosa, a cada etapa de suas vidas novas dúvidas vão surgindo:- De onde viemos? - Para onde a vovó foi? - O mar é infinito?
     A reação que nós adultos temos diante de tantas perguntas determinará se esta crianças irá guardar suas dúvidas para si, ou, seguirá adiante com perguntas ou seja, pesquisará para descobrir as respostas para suas dúvidas.
     Quando as crianças chegam à escola, deparam-se com uma formalidade que não atende suas ansiedades: Prof. quando vamos aprender a tabuada? -É verdade que existem dragões? Infelizmente muitas vezes respondemos: no terceiro ano vocês aprenderão a tabuada, ou agora não é o momento de fazer perguntas como estas ou pior, o que este assunto tem a ver com o que estamos estudando?
      No entanto, muitas escolas e professores estão trabalhando a partir destas perguntas, utilizando-as como  fatores desencadeantes para novas perguntas e através da  pesquisa respondê-las. Desta forma, o conhecimento construído é significativo pois é fruto de pesquisa e  foi motivada por um interesse genuíno.
      No segundo semestre deste ano, começamos em minha escola a trabalhar com a iniciação cientifica. Ainda estamos muito no começo do processo e somos conscientes que se fazem necessários debates, estudos e trocas de experiências,mas já conseguimos perceber que um trabalho alicerçado desta forma  é muito mais produtivo tanto para alunos quanto pros professores. É um trabalho que exige muito mais de nós, no entanto, a exigência é em outra patamar, nos trabalhos tradicionais  havia a cobrança em relação a entrega ou das crianças não estarem realizando seus trabalhos principalmente quando estes eram em grupos. A exigência do trabalho de iniciação cientifica faz com que o professor saia da sua zona de conforto no sentido de não somente de ler sobre o tema de seus alunos como  em auxilia-los nos meios que irão utilizar para ter elementos necessários para responder aos seus questionamentos iniciais.
        Na quinta-feira enquanto brincavam na pracinha, um grupo de alunos ficou intrigado com uma espécie de véu que estava na árvore e começaram a formular suas hipóteses:
 - Isto é a teia daquela aranha que nos vimos naquele outro dia. - disse Luiz referindo-se a uma aranha da espécie armadeira que encontramos na praça no inicio do ano.
- Não isto é a casa daquele bicho que queima. falou Angelina.
   Ruan, então, pegou um graveto e tirou uma amostra da teia após cheirar chegou a conclusão:
- É algodão! Daqueles que se usa para tirar esmalte das unhas.
  Outros não se convenceram desta explicação e apos cheirarem cada um ainda mantinham suas posições, diante da discussão do grupo outras crianças foram chegando perto e foram aderindo a uma ou outra teoria, quando bateu Luiz determinou, vou procurar na internet, para saber o que é isto,mas tenho certeza que é a teia da aranha.
 Este debate, ilustra o que foi mencionado acima, um objeto despertou a curiosidade das crianças que preferiram para e pensar em possibilidades para algo que chamou sua atenção, e acredito que mesmo que o menino não faça a pesquisa a semente da pesquisa, do que não existe perguntas bobas já foi plantada, é um trabalho lento, não se vê as mudanças imediatamente, tanto que a minha turma da tarde não teve esta percepção. Mas é através da curiosidade, do interesse de nossas crianças que vamos fazer com que nossos alunos tenham prazer em estar na escola e de elaborar suas pesquisas.










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