domingo, 29 de outubro de 2017

O que existe além das respostas?



      Um ponto interessante do método clínico de Piaget, encontra-se na minha opinião em buscar  compreender a linha de raciocínio da criança, como ela chegou  em um determinada resposta.

     Em sala de aula muitas vezes fazemos avaliações e baseadas nos resultados classificamos nossos aluno  e determinamos quais as estratégias que faremos para que possam aprender.No entanto duas crianças podem ter obtido a mesma resposta mas terem uma linha de raciocínio totalmente diferente ou  uma criança obteve uma resposta considerada errada, mas o seu modo de pensar  ser  mais coerente do aqueles que acertaram as questões.
   
  Dentro do universo escolar se pudéssemos ter um tempo para observar e conversar com nossos alunos com o objetivo de saber como seu pensamento está organizado o aprendizado seria enriquecido com as intervenções mais especificas.

   Dentro do método clinico o sujeito é observado, as entrevistas são feitas mas o experimentador/professor, tem claro seus objetivo, então deixará a criança falar mas suas intervenções serão para  conhecer como aquela criança está organizada mentalmente. Durante um período minha escola utilizou a metodologia geempiana e um dos aspectos mais importantes eram as chamadas aulas entrevista, onde o professor ficava frente a frente  com o aluno e propunha algumas atividade para que depois conversando com a criança esta lhe explicasse suas respostas, o resultado era muito interessante e geralmente diferente daquelas avaliações em conjunto.Nas aulas entrevistas muitas vezes percebíamos que os alunos conheciam determinado termo, mas não ouviam direito, ou então não era do seu universo e desta forma não tinha significado e familiaridade pra ele, com base nas entrevistas as intervenções eram muito mais pontuais e consequentemente mais eficazes,mas infelizmente em muitas situações por desconhecerem a importância de se conhecer o raciocínio das crianças as aulas entrevistas eram vistas como perda de tempo.

  A grande questões é se mesmo a escola fazendo parte de um projeto que se baseada nas entrevista a comunidade já não via com bons olhos, como esta importante instrumento norteador par o nosso trabalho poderá ser feito, uma vez que a grande maioria das escolas não há pessoal necessário da dar qualquer tipo de suporte  aos professores? 

domingo, 22 de outubro de 2017

Tudo a seu tempo



 Nos parece óbvio que cada criança tem o seu tempo para aprender e  suas especificidades. No entanto no decorrer do aluno letivo muitas vezes nos esquecemos disto, não por que  não consideramos as diferenças ,mas por que somos subterradas de uma série de atividades que nos são cobradas, por mais que nos digam respeitem o tempo das crianças completam as frase dizendo esta atividade é para este período. Então realmente as escolas estão respeitando o tempo das crianças?
  Infelizmente acredito que não, no decorrer do ano acabamos uniformizando as crianças, as que estão muito avançadas, as que estão progredindo dentro do seu tempo e as crianças que muito pouco avançaram. Para estas acabamos não dispensamos a devida atenção pois o ritmo é acelerado, os outros grupos nos exigem mais e aqueles que precisam de uma abordagem diferenciadas um tempo maior, não conseguem ter por parte do professor a atenção ideal, as atividades podem ser diferenciadas mas sem a intervenção do professor através de questionamentos, de uma problematização será pouco eficiente. Nestes caso em que temos salas lotadas  o ideal seria que pudêssemos contar com o apoio de um professor auxiliar para que este aluno realmente tenha seu tempo  e seu direito de aprender respeitado.

sábado, 14 de outubro de 2017

Refletindo sobre a ética e a educação



   Quando pensamos no universo da sala de aula, logo pensamos em como atingir cada aluno de modo, que todos a seu tempo, construam o seu conhecimento. Assim como, cada um tem o seu ritmo sua personalidade também traz consigo seus valores, valores estes resultados não somente dos ensinamentos de sua família como do meio em que está inserido.
   
 Apesar de termos que respeitar os valores de nossos alunos também temos o dever de levá-los a refletir não somente sobre suas atitudes como os que estão ao seu redor e como estas atitudes podem vir a prejudicar outras pessoas. Em muitos casos as crianças trazem consigo padrões que consideramos pela nossa ótica incorretos,mas não  prejudicam   terceiros, no entanto, em outros momento elas comentam ou reproduzem atos que afetam  outras pessoas.Como por exemplo, pegar objetos dos colegas, resolver situações de conflitos através da violência, em situações como estas deve-se conversar com as crianças levando- as refletirem  sobre o ocorrido, em casos assim, é necessário que haja uma conversa entre todos os lados não somente para compreender os motivos de quem fez algo que não deveria ser feito,mas para este ouvir como a sua atitude impactou a outra pessoa e esta por sua vez possa ver mais do que alguém que não respeita as regras.
  
  Enquanto professores não podemos impor nossos valores  ou julgar os outros pela nossa moral, no entanto, precisamos ter uma postura ética não somente em relação aos nossos alunos como em relação aos nossos colegas. Um professor que expõe uma situação particular de um aluno a outros professores sem ter o objetivo de buscar um apoio  ou quando o professor reclama de situações particulares da escola para os alunos,apresenta uma postura antiética invalidando qualquer forma de tornar seus alunos pessoas éticas. 


domingo, 8 de outubro de 2017

"De perto ninguém é normal!"



   A frase que intula este texto,  dita pelo cantor Caetano Veloso, e nós leva refletir o que é ser normal? Quem define os padrões de normalidade? A resposta pela definição dos padrões de normalidade são definidos pela sociedade e  através da  mídia  padrões são divulgados como o único caminho para ser feliz.
   Para atingir alguns padrões são mais possíveis de serem atingidos como por exemplo, excesso de peso, cabelo liso ou crespos, ser loira,.... Mas como fica aqueles que não se encaixam nos padrões e em muitos casos não existem para se se adeque aos padrões ? A estes é reservado a exclusão, o preconceito e olhares  piedosos.
  Realmente "De perto ninguém é normal", e muitas veze pensamos que somente quem é negro ou deficiente é alvo de preconceito e discriminação, mas precisamos para e pensar em situações do nosso cotidiano que nos mostram que também não somos tão normais como pensamos. Você usa óculos? Possui problemas na visão. Não consegue pegar os produtos nas prateleira mais alta? Sua altura não atende aos padrões de normalidade. Seu time ou religião é diferente de sua família ou grupo social, também está fora dos padrões de normalidade.
   Os exemplos acima mencionados, não tem nenhum intuito de comparar as dificuldade que as pessoas que são deficientes  ou sofrem com o homofobismo, preconceito racial ou religioso passam em nossa sociedade, mas o objetivo é refletirmos sobre nossas atitudes em relação ao outro e nossa omissão frente a brincadeiras relevamos por considerarmos inofensivas mas que podem deixar marcar pelo resto da vida. 




domingo, 1 de outubro de 2017

Falando um pouco sobre a aprendizagem

  No objetivo de podermos fazer as interferências mais adequadas para que nossos alunos construam seu aprendizado.Se faz necessário primeiramente sabermos como se processa a construção do conhecimento, nessa área os estudos de Jean Piaget são de extrema valia, originando  a  Epistemologia Genética.
   Para  nós educadores conhecermos esse estudo,como disse, é muito importante.Mas  precisamos primeiramente estarmos seguros do  método que vamos utilizar, assim como, ter claramente estabelecido que o que determina que uma crianças está em um estádio ou não não é o fator cronológico e sim se apresenta características do referente a cada  estádio, pois caso contrário corremos o risco do estímulo  que fornecemos ao nosso aluno ser inadequado, podendo romper o equilíbrio.
  Segundo o professor Fernando Becker, nossas escolas precisam ser mais laboratórios e menos auditórios ,ou seja, a interação , o experimentar são essenciais  para que nosso alunos se desenvolvam.Em uma aula ativa, com espaço para questionar, trocar e errar o aprender torna-se prazeroso e consequentemente  as crianças levam para fora dos muros da escola o desejo de investigar,estabelecendo relações com as descobertas feitas na escola.