Neste sábado, 27/05/17, participei de um curso ministrado pela psicologa Giane Siciliani sobre TDAH e dislexia. Foi um bate bate muito interessante e elucidativo sobre estes dois transtornos da aprendizagem.
No caso específico do TDAH minha relação está além do ser professora, meu filho foi diagnosticado com TDAH com dezesseis anos,até chegar a este diagnóstico foi uma dura e dolorosa peregrinação entre médicos e psicopedagogos.Meu filho desde que entrou na escola sempre teve acompanhamento de psicopedagogos e mesmo assim, não foi possível,até encontrar um bom neurologista evitar todo o sofrimento que na escola, sempre sendo apontado como preguiçoso, desinteressado, frequentemente ouvíamos de professores e orientadores da escola: "Ele não presta atenção." "Ele não termina as avaliações, por que fica parado olhando pro teto ou brincando com o lápis." Ele até se esforça... mas tem muita dificuldade, talvez ele tenha uma lacuna na alfabetização."
Enquanto professora, também vivencio o outro lado da história do meu filho, que é ter um aluno com TDAH e por mais tenha a minha experiência pessoal e lido sobre o assunto ainda não me considero totalmente capacitada para trabalhar com estes alunos. Pois as crianças com TDAH podem não apresentar as mesmas necessidades, uma podem ser mais auditivas, outras mais visuais.Algumas irão necessitar de medicação outros não.
Dentro do universo da sala de aula as crianças, como sabemos não são iguais e mesmo aquelas que apresentam estas dificuldades de aprendizagem também possuem suas diferenças.Deste modo precisamos tratar cada um de forma diferente mas de maneira igual, ou seja, com respeito, sem chamar a atenção para as dificuldades. No curso Giane passou algumas sugestões e uma delas que considerei muito interessante foi como explicar para os pais ou para os outros colegas o motivo de um aluno estar fazendo uma atividade diferenciada, no caso dos pais: " o senhor e o pai do fulaninho pensam igual? Vocês agem da mesma forma na mesma situação? Então aqui também eles farão atividades diferentes. Para os alunos "hoje ele está fazendo esta atividade diferente amanhã será você, vocês são todos iguais? Então porque precisam fazer as mesmas atividades?"
Estes transtornos de aprendizagem exigem que nós,professores, estejamos sempre buscando nos atualizar sobre estes assuntos para que possamos auxiliar as famílias e principalmente nossos alunos, pois, infelizmente na maioria das escolas o único recurso que temos disponível são o apoio das colegas,as trocas de experiências do que foi positivo ou ou com determinados alunos.
Deixo como sugestão o filme Como estrelas na Terra que trata de um menino dislexo e o papel do professor em sua vida. Segue um link com um trecho deste filme em que o professor explica para turma o que é dislexia:
https://www.youtube.com/watch?v=roTYfQ4pCJc